Motorista de caminhão do RS é sequestrado por quatro dias na Baixada Santista

Rendido na Alemoa, em Santos, o homem foi mantido refém em um cativeiro e só foi libertado na noite de quinta-feira (19)

20 MAR 2020 • POR • 17h41
As investigações mobilizam duas delegacias da Deic regional, no Palácio da Polícia

Um motorista de caminhão de Santo Ângelo (Rio Grande do Sul) foi sequestrado por quatro dias na Baixada Santista ao ser vítima de assalto. Rendido na Alemoa, em Santos, na tarde de segunda-feira (16), ele foi levado para um cativeiro e só foi libertado na noite de quinta-feira (19), após os bandidos terem a certeza de que o caminhão que roubaram tinha chegado ao destino planejado pela quadrilha. A vítima não sofreu ferimentos. 

O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil em Santos após a mulher da vítima registrar ocorrência de desaparecimento na cidade gaúcha onde o motorista reside. 

Policiais da 3ª delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) da Baixada passaram a realizar diversas diligências, até que encontraram o motorista de caminhão em um posto de combustíveis na Via Anchieta, em Cubatão, na noite de quinta-feira (19). 

A vítima foi levada para a 1ª delegacia da Deic, que apura crimes de roubos de carga na Região, onde narrou como o sequestro ocorreu. 

O motorista disse que após uma descarga de arroz veio a Santos após aceitar um frete, por aplicativo, para a cidade de Rondonópolis (Mato Grosso). 

Por volta das 15h, na Rua Alberto Schwedtzer, na Alemoa, o motorista chegou ao local combinado e acabou rendido por criminosos que desembarcaram de um carro. 

A vítima, mediante ameaça com arma nas costas, foi colocada no banco de trás, com um pano sobre a cabeça, sendo levada por cerca de 20 minutos  a um local onde todos desembarcaram. O motorista de caminhão foi obrigado a andar por vielas, até chegar ao barraco usado como cativeiro, descrito como possivelmente sobre palafitas. 

O homem permaneceu sendo mantido refém por cinco homens com rádio comunicadores. Durante o sequestro, eles chegaram a dizer que só queriam o caminhão (com semirreboque) e que quando o veículo chegasse ao destino haveria a libertação. 

Os sequestradores, diz a vítima, são todos jovens, aparentam ter no máximo 18 anos e possuem tatuagens.