Funcionários de presídio em Mongaguá são mantidos reféns em motim

Há ao menos sete reféns, conforme informações obtidas pelo Diário do Litoral

16 MAR 2020 • POR • 20h26
Há trabalhos de busca com helicóptero e policiais militares e civis estão em campo para as recapturas - Reprodução

Após a fuga em massa no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá, ao menos sete funcionários da unidade são mantidos reféns na noite desta segunda-feira (16), conforme informações obtidas pelo Diário do Litoral.  A negociação para a liberação das vítimas ocorre neste momento. Não há informação de feridos. 

Duas fontes que atuam na segurança pública ouvidas pela Reportagem afirmam que um dos motivos da rebelião, que não é isolada, já que há outros motins em unidades do Estado, pode ser o descontentamento da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a rigidez do regime federal em que estão lideranças, incluindo o chefe máximo, Marcos Camacho, o Marcola, preso na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). 

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Recentemente, ainda conforme as fontes, houve um “salve” (ordem) da facção para que presos se recusem a ir a audiências nos processos a que respondem, o que chegou a ser constatado em casos na Região. 

Na fuga em massa desta segunda-feira em Mongaguá deixaram a unidade correndo, pela porta da frente, ao menos 200 detentos. As informações iniciais apontavam cerca de 400, mas foram corrigidas por policiais. 

Devido à fuga, há trabalhos de busca com helicóptero e policiais militares e civis estão em campo para as recapturas. 

O porta-voz da Polícia Militar na Baixada Santista e Vale do Ribeira, capitão Elisiário, por sua vez, ressaltou que devido à fuga a corporação está intensificando as ações, “direcionando o policiamento para as principais rotas que os presos podem ter pego para recapturá-los e devolvê-los ao sistema prisional”. 

O CPP, que é de regime semiaberto, tinha 2.796 detentos, conforme dados da SAP referentes até o último dia 13, divulgados no site da pasta. 

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) afirmou que a unidade, por ser de regime semiaberto, não possui vigilância armada por determinação da legislação brasileira.

“A pasta está tomando as devidas providências para sanar o problema”, diz.

Veja vídeo: