Sala no Fórum de SV recebe nome de advogado morto em ataque do PCC

O advogado Antônio José da Silva, o Toninho de Cubatão, foi executado dentro do fórum vicentino em fevereiro de 2002

18 FEV 2020 • POR • 16h34
Antônio José da Silva, o Toninho de Cubatão, foi executado aos 36 anos na entrada do Fórum - Reprodução

O ataque do Primeiro Comando da Capital (PCC) que matou, a tiros, o advogado Antônio José da Silva, o Toninho de Cubatão, e deixou ferido o vigia José Ailton Bezerra de Lima no Fórum de São Vicente completará 18 anos nesta quarta-feira (19). Diante da data, a subseção de São Vicente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizará às 10h30 uma cerimônia que batizará a sala de apoio dos advogados no local com o nome do profissional morto com tiros de metralhadora em pleno exercício da profissão, sendo a primeira vítima fatal da facção em atentados contra o Estado.  

O evento contará com a presença de autoridades políticas e do Direito na Baixada Santista, além do filho do homenageado, Kerginaldo Marques da Silva, hoje advogado especializado em Direito Público, Administrativo e Civil.

A cerimônia será realizada no 1º andar do Fórum de São Vicente, que fica na Rua Jacob Emmerick, 1367, no bairro Parque Bitaru.

Quatro homens abriram fogo contra o advogado e o vigia no atentado, na entrada do Fórum. Na fuga, os bandidos lançaram uma granada de uso exclusivo das Forças Armadas no saguão do local.

Um dia depois do atentado, foi encontrado um cartaz com uma mensagem escrita a caneta, assinada pelo PCC, a uma quadra do fórum.

À época, o então presidente da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar, afirmou, em nota, que o assassinato de Toninho de Cubatão, com 36 anos à época e recém-formado, “traumatizou e indignou toda a advocacia brasileira”.

Aidar exigiu novas medidas de segurança e afirmou que “esse tipo de afronta aos direitos básicos da cidadania” não poderia ficar sem resposta.