Para furar fila, mulher diz que tinha coronavírus e é presa em seguida

Ela responderá por crime de falsidade ideológica e pela contravenção de provocar alarme anunciando desastre ou perigo inexistente.

8 FEV 2020 • POR • 15h04
*Foto ilustrativa que não representa o local onde o fato ocorreu. - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Uma mulher foi presa em flagrante em Copacabana, no Rio de Janeiro, após dizer que havia voltado recentemente da China e que teria todos os sintomas do novo coronavírus - responsável pela epidemia que já matou mais de 700 pessoas.

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a mulher esperava por atendimento em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) quando procurou funcionários do local e disse que havia voltado há poucos dias de Hong Kong, onde teria trabalhado como babá.

"A paciente foi de rapidamente isolada e submetida a uma série de exames e questionamentos, tendo insistido durante horas em uma narrativa fantasiosa sobre sua viagem como babá de uma família àquela localidade", diz nota da Polícia Civil. 

Veja o que se sabe até agora sobre o novo coronavírus As autoridades sanitárias foram informadas do caso e acionaram o Ministério da Saúde para possível caso de infecção. 

Familiares da mulher foram acionados e alegaram que ela jamais havia viajado para fora do país e sequer tinha passaporte. As informações foram confirmadas pelo Departamento de Polícia Federal. 

Ao ser questionada pelos policiais, a mulher admitiu ter mentido para furar a fila de atendimento da unidade de saúde. 

Ela responderá por crime de falsidade ideológica e pela contravenção de provocar alarme anunciando desastre ou perigo inexistente, praticando ato capaz de produzir pânico ou tumulto. O caso foi registrado na 12ª DP de Copacabana.

Até o momento, não há casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil. A maior parte dos casos investigados já foi descartada pelo Ministério da Saúde. 

No quinta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei de quarentena para casos suspeitos do vírus. A medida foi votada em tempo recorde pelo Congresso após Bolsonaro voltar atrás e aprovar missão de evacuação de brasileiros que viviam em Wuhan, cidade chinesa que é o epicentro da epidemia.