Furto cinematográfico no Brisamar faz um ano e identidade de autor segue um mistério

Nenhum dos 26 celulares furtados da loja da Vivo foi recuperado, o que dificulta a investigação

18 JAN 2020 • POR • 07h09
Trabalhos de buscas pelo criminoso no forro do shopping, na Rua Frei Gaspar, duraram dois dias. - NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

O furto cinematográfico a uma loja da Vivo no Brisamar Shopping, em São Vicente, completou um ano nesta quinta-feira (16) e a identidade do autor ainda segue um mistério para a Polícia Civil. O shopping chegou a ser fechado no dia 18 de janeiro de 2019, devido ao trabalho de buscas pelo ladrão, em uma ocorrência que teve repercussão nacional.

Bombas de gás lacrimogêneo chegaram a ser lançadas no forro com o objetivo de que o acusado fosse localizado e detido em um trabalho que durou dois dias, mas como ele saiu e que a que horas também seguem um mistério.

Um ano depois, a investigação segue em aberto na Delegacia Sede de São Vicente, conforme apurou o Diário do Litoral. Nenhuma denúncia sobre o ladrão foi recebida por canais como o 181 (Disque-Denúncia) e o 3467-6855 (do plantão policial de São Vicente).

Pelas câmeras de monitoramento do centro de compras e da loja da Vivo, os policiais obtiveram as imagens do rapaz quando ele entrou no shopping no dia 16 e dentro da loja. As imagens não mostram com alto grau de nitidez o rosto dele e os investigadores não tem convicção, por meio delas, se ele é adulto ou adolescente.

POSSÍVEIS PISTAS

Investigadores apuraram que, mesmo um ano depois, nenhum dos 26 celulares roubados, que tiveram os IMEIs bloqueados, foi apreendido no Estado.

São 13 aparelhos da Apple e 13 da Samsung, que totalizaram um prejuízo de R$ 77,5 mil.

Um eventual apreensão de qualquer um desses aparelhos poderia levar os policiais ao caminho que o aparelho teve até chegar às mãos de um receptador.

Uma das suspeitas é a de que os aparelhos foram todos desmanchados para a revenda de peças, o que dificultaria o trabalho de identificação.

DINÂMICA DO CRIME

O delito, que ocorreu durante a noite do dia 16, após o shopping fechar, foi descoberto à 0h53 da madrugada do dia 17, após um acionamento da administração do centro de compras.

Um representante da Vivo constatou uma porta de uma loja lado ao lado, à época em reforma, estava aberta e que por ela o criminoso entrou e utilizou a tubulação de ar-condicionado para chegar à loja de celulares, no quarto.

As imagens da ação foram registradas pelo plantão de segurança da empresa de telefonia. Após já ter sido registrado pelas câmeras, o ladrão vira a câmera para o lado e daquele momento em diante não foi mais captado.

Conforme uma outra representante da Vivo disse à polícia, todas as portas do estabelecimento estavam trancadas quando o crime foi descoberto.