Trabalhadores de cemitérios de Santos ameaçam paralisação

A data, a duração do movimento e até mesmo sua confirmação serão votadas em assembleia hoje às 19 horas

15 JAN 2020 • POR • 08h00
Os 30 servidores públicos lotados nos cemitérios do Paquetá, Filosofia e Areia Branca, em Santos, fazem um trabalho essencial - Nair Bueno/DL

O Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest) informou ontem que os 30 servidores públicos lotados nos cemitérios do Paquetá, Filosofia e Areia Branca, em Santos, entre coveiros e funcionários administrativos, poderão paralisar as atividades.

A data, a duração do movimento e até mesmo sua confirmação serão votadas em assembleia hoje às 19 horas.

O presidente do Sindest Fábio Marcelo Pimentel, convocou a assembleia para explicar ao pessoal a ação de cumprimento de acordo coletivo de trabalho que será protocolada ao fim do recesso judiciário.

O processo, segundo ele, deve-se ao fato de o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) não cumprir a parte do acordo coletivo assinado em 2019 sobre os empregados em cemitérios.

Fábio lembra que o prefeito ficou de enviar à Câmara projeto de lei para conceder gratificação de R$ 600,00 aos trabalhadores: "Enrolou o ano inteiro e não cumpriu", dispara o sindicalista.

A ação de cumprimento, explica o sindicalista, não impede que os trabalhadores adotem outras formas de luta ou busquem entendimento com a Prefeitura.

"Eu, particularmente, não gostaria de conversar mais sobre esse assunto com a Administração", diz o presidente do Sindest. "Já brincaram demais com coisa séria".

Pimentel revela que a paralisação poderá ser de algumas horas, um ou mais dias e até por tempo indeterminado. "Para debater detalhadamente o problema, convocamos a assembleia", finaliza.

Não é de hoje que o Sindicato vem acompanhando os problemas relacionados aos trabalhadores dos cemitérios de Santos. Desde 2017 até hoje, foram várias ameaças de paralisação por parte da categoria, responsável por um serviço fundamental para a Cidade.

Prefeitura

A Prefeitura de Santos informa que está em constante contato com a categoria e existe um bom relacionamento com os servidores dos cemitérios.

Ainda ressalta que, de acordo com a Lei Federal nº 7.783, de 28 de junho de 1989, no artigo 10º, serviços funerários são considerados essenciais e, por conta disso, não dão direito aos profissionais fazerem greve.