Baixada Santista não tem prazo para ação de vacinação contra raiva

Neste ano, campanha de vacinação antirrábica foi transferida de agosto para novembro, mas segue sem data

14 NOV 2019 • POR • 08h00
Falta de repasse foi confirmada pelas cidades regionais, e também pela Secretaria de Saúde do Estado - Divulgação/PMS

A Baixada Santista segue sem data marcada para realizar a campanha anual de vacinação antirrábica. Comumente marcada para agosto em anos anteriores, a ação tinha sido transferida para novembro devido a problemas técnicos na produção da vacina, de acordo com o Ministério da Saúde. Mas, até o momento, a falta das doses continua e não há previsão de campanha para 2019. A vacinação contra raiva é obrigatória por lei em cães e gatos com mais de três meses.

A falta de repasse foi confirmada pelas noves cidades regionais, e também pela Secretaria de Saúde do Estado.

O órgão informou que, desde julho, o Ministério da Saúde não entregou nenhum quantitativo. "Tão logo isso ocorra, doses serão enviadas aos municípios", explicou em nota.

Porém, quem precisar vacinar seu animal de estimação pode procurar o Departamento de Zoonose da cidade onde mora, pois há doses reservas.

O que acontece

Desde o início do ano, o país tem enfrentado falta de vacinas, não só a antirrábica como também as que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação.

No caso da vacina animal, a campanha nacional não foi realizada porque, segundo o Ministério da Saúde, a entrega das doses ao órgão atrasou devido a "problemas técnicos identificados na produção da vacina".

A reportagem questionou novamente a pasta nesta semana para saber se a campanha seria realizada. Em resposta, o Ministério disse que houve reprogramação de entrega das doses pelo laboratório fornecedor, por isso tem adquirido apenas quantidade suficiente para atender a demanda mensal dos estados quando se trata de bloqueio de foco, ou seja, quando um animal é diagnosticado com o vírus da raiva.

Quanto à campanha, serão distribuídas doses de vacina somente aos municípios com o risco epidemiológico.

"Cabe ressaltar, ainda, que os estados devem verificar os saldos remanescentes da vacina do ano de 2018, nos municípios. Estas doses poderão ser utilizadas em áreas de maior relevância em alguns estados ou bloqueio de foco", explicou em nota.

Atualmente, o Brasil encontra-se próximo à eliminação da doença causada por vírus canino da Variante 2. A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que acomete mamíferos, inclusive o homem, e é transmitida principalmente por meio da mordida de animais infectados.

Baixada Santista

A Secretaria de Saúde de Santos informou que está monitorando constantemente a situação em contato com o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), do governo estadual, e se receber as doses programará a vacinação dos animais, informando sobre a ação por meio dos canais oficiais de comunicação da Prefeitura.

Em São Vicente, se as doses da antirrábica chegarem, cerca de 23 mil animais devem ser imunizados. A Secretaria de Saúde do Município informou também que o Departamento de Controle de Zoonoses (Rua Catalão, 530 - Vila Voturuá) segue fazendo imunização de rotina, 8h às 12h das 13h às 17h de segunda a sexta-feira. Informações podem ser obtidas pelo telefone 3561- 1604.

Em Guarujá, Itanhaém, Mongaguá e Cubatão, enquanto tiverem doses, elas serão aplicadas pelo departamento de Zoonoses/Vigilância.