Caso Baccará: “A Justiça foi firme”, diz pai de universitário sobre pronúncia de réus

Juiz Alexandre Betini determinou que Vitor Karam, ex-dono do estabelecimento, e os seguranças Anderson Brito, Thiago Souza e Sammy Calender sejam submetidos a júri popular

21 OUT 2019 • POR • 19h09
Lucas Martins de Paula foi morto em julho de 2018, após contestar uma marcação de cerveja em sua comanda - Reprodução/Facebook

O pai de Lucas Martins de Paula, universitário assassinado em julho de 2018 aos 21 anos, afirmou que “a Justiça foi firme” ao pronunciar (determinar que sejam submetidos a júri popular) Vitor Alves Karam, ex-dono do Baccará Bar & Grill, e os seguranças Anderson Luiz Pereira Brito (ex-encarregado), Thiago Ozarias Souza e Sammy Barreto Callender.

A sentença de pronúncia foi dada pelo juiz Alexandre Betini, da Vara do Júri de Santos, na última quinta-feira (17).

“A nossa Justiça tem que funcionar para que isso não ocorra mais. Tem que ser assim para casos de violência contra a vida”, disse Isaías de Paula ao Diário do Litoral nesta segunda-feira (21).

Os quatro corréus respondem por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Se condenados, eles estarão sujeitos a uma pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão.

“Esperamos que no julgamento a decisão do júri seja unânime e condene os quatro a pena máxima. Trinta anos é pouco para um crime que tirou a vida do meu filho, muito jovem, cheio de sonhos”, declarou.

As defesas de Karam e do ex-chefe dos seguranças vão recorrer da sentença de pronúncia, pois alegam que eles não tiveram participação no assassinato. 

Anderson Brito segue foragido. Isaías de Paula faz um apelo para que denúncias sobre o paradeiro sejam feitas. 

As buscas são conduzidas pelo 3º DP de Santos. Informações que ajudem na captura podem ser transmitidas pelos telefones 3261-3000 ou 181.