Santos reduz atropelamentos com faixas vivas

Foram 333 casos em 2010, contra 109 no ano passado. Para a prefeitura, o resultado tem relação direta com as faixas vivas.

19 OUT 2019 • POR • 09h14
É importante que o pedestre sinalize com a mão e espere os veículos pararem para atravessar. - NAIR BUENO/DIARIO DO LITORAL

Em 2010, Santos registrou 333 atropelamentos. Em 2018, o número desse tipo de ocorrência foi reduzido a 109 casos. Para a prefeitura, grande parte desse avanço tem relação direta com as campanhas educativas permanentes promovidas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos). Uma das principais é a da Faixa Viva, que em maio deste ano completou oito anos. Ao todo, são 1700 faixas sem semáforos espalhadas pelo
município.

Neste ano, de janeiro a agosto, foram registradas 15 mortes por atropelamento - número inferior ao limite proposto pelo Governo do Estado para Santos, que seria de 24 mortes para o período.

A Reportagem questionou se havia informações sobre atropelamentos nas faixas vivas, mas segundo a assessoria, os dados são gerais, ou seja, incluem atropelamentos em faixa viva, faixa com semáforos e travessia fora de faixas de pedestres (esta última situação é a maioria).

Para tentar diminuir ainda mais acidentes desta natureza, Santos segue realizando campanhas, entre elas um inflável de dois metros com a mensagem "Faixa Viva - eu respeito". O objetivo é chamar a atenção sobre a importância de harmonizar a convivência entre pedestres e motoristas.

Mas, a faixa viva ainda pode ser um desafio tanto para quem quer atravessar quanto para o motorista que ainda não se acostumou com a presença dela nas vias.

Por isso, é importante que o pedestre sinalize com a mão e espere que os veículos parem para começar a travessia. Ao condutor, cabe prestar atenção ao trânsito e respeitar a prioridade da faixa viva.

Já nas faixas de pedestres onde há semáforo, quem está a pé deve esperar o sinal vermelho para os carros e só aí atravessar.

BAIXADA SANTISTA

Outras cidades da região decidiram aderir às faixas vivas. Cubatão, por exemplo, implantou, no segundo semestre de 2018, duas faixas vivas em caráter experimental. Uma delas fica na Avenida Henry Borden, em frente ao Hospital Municipal e a outra na Rua 25 de dezembro, na Vila Nova. Durante o período, não houve registro de acidentes.

Atualmente, a equipe de engenharia da Companhia Municipal de Trânsito (CMT) está finalizando a avaliação técnica para implantar novas faixas vivas. Após esta etapa, será feito um cronograma para implantação de novos pontos.

Em Guarujá, as faixas vivas estão desde 2014. A diretoria não tem registro de acidentes nestes locais.

Em São Vicente, elas foram implantadas em setembro de 2017. Atualmente, há cerca de 100 pontos com este sistema.

Praia Grande, Peruíbe e Mongaguá não tem faixas vivas. Itanhaém quer implantar o projeto, mas ainda não há prazo para que isso aconteça.