Vereadores cobram mais informações sobre o Programa Santos Novos Tempos

No site de transparência da Prefeitura há muitas informações desencontradas; mapa de obras diz que há casos em que obras 0% executadas têm contratos com 45,65% de pagamento efetuados

26 SET 2019 • POR • 14h34
Prefeitura terá de esclarecer 15 questionamentos a respeito do programa de macrodrenagem que deve atender a Zona Noroeste - Divulgação

A Câmara de Santos voltou a pedir transparência da Prefeitura sobre o Programa de Macrodrenagem Santos Novos Tempos. Por meio de requerimento aprovado pelo plenário da Casa, a Administração terá de esclarecer 15 questionamentos a respeito do programa de macrodrenagem que deve atender a Zona Noroeste, e que se arrasta por anos, sem deixar uma solução definitiva para o problema das inundações nos bairros, os mais castigados da cidade quando chove.

Há muitas informações desencontradas no site Dados Abertos, de transparência municipal, sobre o programa: aparecem diversas fontes de pagamento e quase nenhum progresso na construção de comportas e estações elevatórias na Zona Noroeste. Segundo o vereador Sadao Nakai (PSDB), autor do requerimento, há diversas inconsistências. Ele cita que gostaria de saber por qual motivo o contrato de serviços especializados em geotecnia consta no mapa de projetos e obras como 0% executado e 45,65% pago.

Em outros casos, obras, como a construção de um piscinão, aparecem com duas informações conflitantes: ora classificado no mapa da Prefeitura como “em licitação”, ora como “em andamento”.

Quando o projeto foi apresentado, ainda na gestão do ex-prefeito João Paulo Tavares Papa, explicou-se que os bairros da Zona Noroeste foram construídos em nível abaixo das marés máximas e alagam em chuvas fortes e dias de marés altas. O programa englobaria um sistema de macrodrenagem composto de galerias, canais, comportas e estações de bombeamento.

Para simplificar, após a construção de tudo - as comportas, as estações de bombeamento, galerias e canais - o sistema de drenagem contaria com canais e galerias onde a água escoaria livremente por gravidade para o estuário no cenário de maré baixa e sem chuva, com as comportas abertas e bombas desligadas.

Quando houvesse maré alta e chuva forte, as comportas estariam fechadas, bombas desligadas e os canais e galerias encaminhariam águas para reservatórios de retenção e reservatórios de acumulação. No mesmo cenário, só que com bombas ligadas, haveria envio das águas pluviais dos reservatórios de acumulação para o estuário além das comportas.