Até jacaré já foi resgatado este ano em São Vicente

Até agosto, a Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Animal (Semam) resgatou 41 animais silvestres

16 SET 2019 • POR • 11h50
Em abril deste ano, um jacaré de papo amarelo foi encontrado no Japuí; seis dias depois, o animal foi solto - DIVULGAÇÃO/SEMAM SÃO VICENTE

A Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Animal de São Vicente (Semam) resgatou 41 animais silvestres somente neste ano. Das diferentes espécies encontradas, "a que mais chamou atenção foi um jacaré de papo amarelo", segundo o secretário da Seman, Gustavo Palmieri.

O resgate do animal foi feito pela Guarda Civil Municipal Ambiental, na Prainha, no bairro Japuí, em 10 de abril de 2019. Seis dias depois, a mesma equipe realizou a soltura do réptil no Rio Jurubatuba, localizado entre os municípios de Santos e São Vicente.

Jabutis, saruês, corujas e jararacuçu são algumas das outras espécies encontradas nos bairros do município. Após o resgate, os animais são enviados para diferentes locais. "A maioria a gente devolve à natureza após reabilitação. Normalmente, eles não precisam de muitos cuidados especiais", esclarece Palmieri.

Os animais resgatados ou apreendidos que não pertencem à fauna local - como espécies que são trazidas de outra região do País ou até do exterior - não podem ser soltos. No entanto, são reabilitados e destinados aos lugares de origem.

O secretário explica que um dos motivos do aparecimento desses animais em áreas urbanas é o crescimento populacional. "Não precisa ser necessariamente moradias irregular, mesmo em áreas permitidas, onde ocorre devastação para expansão, os animais são expulsos do seu habitat e acabam indo para as áreas urbanas".

De acordo com a Semam, animais silvestres como saruês, répteis e aves são encaminhados para o Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (Ceptas) - São Judas Unimonte, que fica anexo ao Parque Ecológico Cotia Pará, em Cubatão, ou para a Aiuká Consultoria Ambiental, em Praia Grande. Aves, como bem-te-vis e rolinhas, são atendidas no Parque Zoobotânico Orquidário de Santos.

Já animais e aves marinhas recebem os cuidados necessários do Instituto GREMAR, em Guarujá. Este ano, foram encaminhados para o local um biguá, um golfinho, três savacus (ave) e três tartarugas verdes.

No Parque Ecológico Voturuá, só é possível receber o bicho preguiça. O mamífero passa por diversos exames e, assim que reabilitado, é feita a soltura novamente na área do Parque Ecológico. O Parque não tem autorização para receber outros animais.

Além dos centros existentes na Baixada Santista, alguns animais são destinados para locais fora da região, como o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) Barueri; o Parque Ecológico Tiete; a Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre (DEPAV), no Parque Ibirapuera; e o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), no Parque Anhanguera.