Moradia popular já apresenta problemas em Santos

Moradores mostraram rachaduras, infiltrações, falta de iluminação e abastecimento de gás indevido.

8 SET 2019 • POR • 08h05
Na semana passada, os moradores do conjunto habitacional chegaram a ficar sete dias sem água. - NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Prédios do Conjunto Habitacional Caneleira, entregues há menos de um ano, no caminho São Jorge, em Santos, já apresentam problemas estruturais.

No bloco A, por exemplo, uma enorme rachadura pode ser vista na parede externa do térreo. As luzes dos postes espalhados pela garagem e fachada dos prédios não acendem, e quando chove, quem mora no 4º e último andar diz que a água infiltra e cai pelas lâmpadas.

O fornecimento de gás também tem gerado confusão. Os moradores explicaram que cada bloco deveria ser abastecido por um cilindro de 45 Kg da Consigaz, mas de acordo com eles, isso não acontece. Na prática, um mesmo cilindro abastece dois blocos.

"Existem dois botijões a cada dois prédios, mas os fornecedores reabastecem apenas um, então o gás acaba muito rápido. Além disso, a conta de gás tem vindo alta. Tem gente que cozinha só uma vez ao dia e mesmo assim chega a pagar mais de R$ 100", diz a moradora Ivana Moura.

Em relação às luzes que não acendem, os moradores dizem que, quando se mudaram, em janeiro deste ano, a COHAB informou que o cabeamento tinha sido roubado, mas que em breve seria recolocado. Até o momento, o problema não foi resolvido.

FALTA DE ÁGUA

Na semana passada, os moradores chegaram a ficar sete dias sem água. O problema começou na manhã de quinta-feira (29), e se estendeu até quarta-feira (4), quando a situação foi resolvida parcialmente.

Segundo a COHAB, o problema ocorreu por causa de vandalismo. Técnicos verificaram que as salas de comando das duas torres foram arrombadas e as bombas foram desligadas. Após a vistoria, o sistema voltou a funcionar, com exceção dos blocos A e B, porque um vazamento foi encontrado no encanamento que abastece os dois prédios.

O conjunto é fruto de uma parceria da COHAB Santista com os Governos Estadual, Federal e do Município. São 680 unidades no total, dividas em 34 blocos.

RESPOSTAS

A COHAB-Santista informou que, quando avisada pelos mutuários sobre os problemas, repassa a demanda à construtora para correção, desde que as não conformidades citadas tenham sido causadas, efetivamente, por vícios de construção.

Quanto aos relatos de consumo de gás com alto valor e falta de recarga nos botijões reserva, os moradores devem falar diretamente com os fornecedores do serviço.

O DL tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Consigaz, mas até o fechamento da reportagem, não conseguiu encontrar o responsável pelo setor.