Ex-deputado Marcelo Squassoni é preso em São Paulo

Além do antigo presidente da Câmara Municipal de Guarujá, ex-integrantes da cúpula da estatal também foram presos

22 AGO 2019 • POR • 10h44
Marcelo Squassoni se apresentou à Polícia Federal em São Paulo e preso em seguida - Arquivo/DL

O ex-deputado federal Marcelo Squassoni (PRB) foi preso na manhã desta quinta-feira (22) durante a segunda fase da Operação Tritão. A ação investiga supostas fraudes em licitações e contratos realizadas na Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Além do antigo presidente da Câmara Municipal de Guarujá, ex-integrantes da cúpula da estatal também foram presos.

De acordo com a Polícia Federal, provas obtidas durante a Operação Tritão, colaborações premiadas e informações de membros da atual Diretoria da Codesp, ajudaram as autoridades a comprovar as fraudes inicialmente investigadas pela primeira fase da operação, desencadeada ainda em outubro de 2018.

Squassoni é suspeito de articular o esquema na Codesp. De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), ele recebeu aproximadamente R$ 1,6 milhão em propina. O ex-deputado se apresentou de forma voluntária à Polícia Federal na parte da manhã e foi preso.

Todas as pessoas presas e investigadas durante a Operação Tritão podem responder pelos crimes de organização criminosa, associação criminosa, fraude a licitações e corrupção ativa e passiva.

A primeira fase da operação se deu no último trimestre de 2018. Na época, o então presidente foi preso junto de outras pessoas envolvidas no esquema por suspeita de fraude em licitações, corrupção e de se apropriar de recursos públicos. Além dele, também foram detidos dois diretores e um servidor da Codesp. As autoridades também prenderam três empresários, mas todos foram posteriormente soltos.

Batizada de Círculo Vicioso, a segunda etapa da operação foi realizada com o aprofundamento das averiguações e com a delação de um dos presos na fase inicial. Ao todo, foram identificados mais dois contratos, que juntos passam de R$ 100 milhões, com indícios de fraude: um de segurança do porto e outro de fiscalização por drone.

Todos os mandados são temporários e válidos por cinco dias. Na região, foram cumpridos dois mandados em Guarujá, nove em Santos e mais um no município de Ilhabela. Outros mandados também foram expedidos no interior de São Paulo, no Rio de Janeiro e no Ceará.

Todas as pessoas que forem presas no Estado de São Paulo serão submetidas a audiência de custódia na Justiça Federal de Santos antes de serem levadas para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde cumprirão a prisão temporária.