Caso Gabriel: 'Não chora, mãe, o Biel vai voltar', diz caçula sobre irmão desaparecido em Registro

Gabriel Lopes Coutinho, de 8 anos, está desaparecido há uma semana. Ele empinava pipa e brincava com outras crianças quando sumiu, misteriosamente.

Hoje (18) completa uma semana do desaparecimento de Gabriel Lopes Coutinho, de 8 anos. Ele sumiu, misteriosamente, enquanto empinava pipa e brincava com amigos no bairro Vila Ouro, em Registro. Desde então, as autoridades fazem buscas por toda a região mas, até o momento, apenas um chinelo que pertencia à criança foi encontrado.

A Reportagem conversou há poucos instantes com a mãe de Gabriel, Luciana Custódio (37). Ela, muito abalada, diz ainda ter esperanças de encontrar o seu filho com vida. "Acabei de sair da igreja. Estou buscando forças em Deus para suportar este momento. Mas tenho fé que o Gabriel vai aparecer com vida", conta.

Perguntada sobre como tem sido a sua rotina nos últimos dias, Luciana conta que é o seu filho caçula (Lucas), irmão de Gabriel, que tem dado forças à ela. "O Lucas que fica dizendo para eu me alimentar. Ele que está cuidando de mim. E quando me vê chorando, ele fala: mãe, não chora, o Biel vai voltar pra casa", relata, emocionada. 

A Reportagem conversou ontem (17) com outro parente de Gabriel, que pediu para não ter o seu nome revelado na reportagem.

Segundo este parente o menino, nem quando morava em área de sítio, tinha o hábito de andar sozinho ou ir muito longe. "Ele tinha medo de entrar no mato ou ficar distante de casa. Por isso acho quase impossível que ele tenha saído por aí sozinho, sabe?! A vida hoje em dia não vale mais nada e tenho muito medo de que alguém possa ter feito alguma maldade com ele", finaliza.

Durante a semana um chinelo de Gabriel foi encontrado na linha do trem, que fica próxima a residência da família. Vizinhos dizem ter visto um carro preto rondando o bairro dias antes do desaparecimento. Já outras pessoas falam em um homem nunca visto antes no local, parado em frente à uma igreja, observando as crianças brincarem.

Porém, são muitas informações que, num primeiro momento, parecem desencontradas.

Qualquer informação que possa ajudar no caso deve ser informada à Polícia Militar, pelo 190, ou através do Disque-Denúncia (181).