Suspensão de contratos pode deixar pacientes com câncer e HIV sem medicamentos no SUS

O Ministério da Saúde justificou a suspensão de contratos com 18 laboratórios que atendem a demanda SUS alegando irregularidades.

20 JUL 2019 • POR • 16h59
ONU/Unaids/Divulgação

O Ministério da Saúde suspendeu na última semana os contratos com 18 laboratórios que fabricavam medicamentos para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre as fórmulas que não serão mais produzidas estão alguns tipos de drogas que combatem o câncer de próstata e de mama, a Hepatite C, o mal de Palkinson, HIV dentre outras. Estima-se que mais de 30 milhões de pessoas possam ser afetadas com a falta destes remédios.

Segundo o Ministério da Saúde, foram encontradas irregularidades nos contratos entre os laboratórios envolvidos. E a informação foi confirmada pela Controladoria Geral da União (CGU) e também pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Os laboratórios que tiveram seus contratos suspensos - alguns ainda estão em fase de suspensão - negam qualquer tipo de irregularidade e afirmam que o Governo Federal economiza mais de R$ 20 bilhões por ano mantendo a produção das drogas com eles.

Por sua vez, o Ministério da Saúde, através de nota, disse que os pacientes não serão prejudicados com a falta destes medicamentos. Segundo a pasta, os remédios serão comprados de laboratórios particulares. Mas ainda não há informações sobre o prazo para iniciar essas compras e quais empresas privadas serão responsáveis pelo fornecimento das drogas ao SUS.

*Com informações da IstoÉ