Multas por uso de celular ao volante aumentam na Baixada Santista

Apenas nos três primeiros meses de 2019, o número aumentou 30,06% na Região, em comparação com o mesmo período do ano passado

3 JUL 2019 • POR • 07h00
De janeiro a março deste ano, esse tipo de infração resultou na aplicação de 1.047 multas - Nair Bueno/DL

Apenas nos três primeiros meses de 2019, o número de multas aplicadas a quem usou o celular enquanto dirigia aumentou 30,06% na Baixada Santista, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). Não estão contabilizadas as multas por órgãos de trânsito municipais e rodoviários.

De janeiro a março, segundo o órgão, esse tipo de infração resultou na aplicação de 1.047 multas em toda a região. No mesmo período de 2018, o número foi de 805, e durante todo o ano passado, de 2.323.

Em Santos, 330 multas foram aplicadas por esse motivo no primeiro trimestre de 2019, contra 185 em igual período de 2018.

O Detran-SP também registrou aumento dessas infrações em São Vicente (de 112 para 195), Praia Grande (de 135 para 163), Mongaguá (de 13 para 22), Itanhaém (de 19 para 51) e Peruíbe (de 51 para 60).

Já os municípios de Guarujá, Bertioga e Cubatão tiveram diminuição de multas impostas pelo uso de celular ao volante, passando de 221 para 177; de 27 para 14; e de 42 para 35, respectivamente.

As notificações incluem uma infração média: dirigir e realizar ligações utilizando fones de ouvido ou prendendo o celular ao ouvido - multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira; e duas gravíssimas: segurar o celular com uma das mãos para fazer ligações e manusear o celular, como digitar mensagens de texto - multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira. 

CET aponta diminuição no semestre

Os dados da CET mostram uma diminuição de 24,44% nas multas aplicadas por esses motivos em Santos, no comparativo entre os primeiros semestres de 2018 e 2019. Este ano, 5.987 já foram empregadas (dados parciais), contra 7.924 do mesmo período do ano passado.

Para a especialista Sheila Borges, diretora da ProSimulador, empresa voltada aos segmentos de educação e segurança para o trânsito, somente a aplicação de multas não resolve para mudar esse comportamento. "Enquanto os brasileiros acreditarem que o maior problema será somente no próprio bolso, talvez essa cultura não mude tão cedo".

O motorista só pode utilizar o celular quando estacionado. Parado no sinal vermelho também não pode, pois está em trânsito.

Na edição do próximo domingo do Diário do Litoral, você confere entrevista com a especialista Sheila Borges falando sobre o que gera esse comportamento e de que forma é possível mudar o cenário.