Projeto de reforma do Palácio da Polícia poderá ser mais ‘simples’, segundo secretário

Titular da Segurança Pública no Estado, o general João Camilo Pires de Campos se reuniu com vereadores nesta segunda-feira e disse que será avaliado se há necessidade de retificação do projeto básico da reforma

18 JUN 2019 • POR • 09h40
O secretário da Segurança, João Camilo Pires de Campos, se reuniu com vereadores ontem - Diário do Litoral

Ao se reunir com vereadores de Santos nesta segunda-feira (17), o secretário de Estado da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, afirmou que será analisado se há necessidade de retificação do projeto básico de reforma do Palácio da Polícia e “torná-lo um pouco mais simples”. Ainda não há prazo estimado para início da reforma e recursos garantidos. Pelo projeto atual, a obra custará R$ 28 milhões.

O encontro entre o secretário e os parlamentares ocorreu na Câmara de Santos no final da tarde e foi aberto aos meios de comunicação. Presidente do Legislativo santista, o vereador Rui De Rosis (MDB) abriu o encontro comparando o pedido para agilidade na viabilização das obras a um “grito de socorro não só da Câmara Municipal, mas de toda a sociedade santista”.

Campos inicialmente discorreu sobre outros aspectos de sua visita, como “conhecer as pessoas ligadas à segurança”, antes de falar especificamente sobre o projeto de reforma do Palácio da Polícia, o edifício Acácio Nogueira.

“Tecnologia, inteligência e valorização das pessoas: são os três aspectos que eu me baseio para considerar a Segurança Pública”, declarou.

O secretário também elogiou o desempenho dos policiais da região na redução de indicadores criminais e os agradeceu “pelo trabalho que têm feito com aquilo que têm”.

Ao falar especificamente do projeto da reforma, sendo questionado ao longo de sua fala por De Rosis, Campos citou que a reforma da Palácio da Polícia entra no contexto reformas e modernização das delegacias paulista pelo Estado, mas não deu prazo.

O secretário reconheceu que o prédio precisa de uma reforma e De Rosis frisou que a obra requer prioridade e urgência. “Quando e como não vou prometer”, disse Campos.

A vereadora Telma de Souza (PT) questionou o secretário sobre a possibilidade de uma antecipação dos recursos, alertando sobre os riscos que o prédio oferece.

Uma possibilidade para a disponibilização da verba para esta reforma será a entrada dela no Plano Plurianual (PPA), que vai prever gastos do Estado de 2020 a 2023 e está em fase de elaboração, segundo o secretário.

Construído na década de 1940, o Palácio tem uma série de problemas de infraestrutura e não está adequado às normas de construção civil, conforme laudo do engenheiro civil e perito judicial José Brandão. O documento consta em ação aberta contra o Estado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Santos e Região (Sinpolsan).

“Enquanto não acontecer uma catástrofe a reforma não vai ser viabilizada pelo governo”, disse o presidente do Sinpolsan, Márcio Pino, nesta segunda, aos jornalistas, ao fim da reunião na Câmara.