Prefeitura de São Paulo suspende rodízio de carros e libera Zona Azul nesta sexta

Motivo é a possível adesão do transporte público à greve geral contra a reforma da Previdência

13 JUN 2019 • POR • 19h30
Prefeitura decidiu suspender o rodízio municipal de carros nesta sexta-feira (14) durante todo o dia - Agência Brasil

A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão Bruno Covas (PSDB), decidiu suspender o rodízio municipal de carros nesta sexta-feira (14) durante todo o dia devido à possível adesão do transporte público à greve geral contra a reforma da Previdência. O uso das vagas de Zona Azul também será liberado e a zona máxima de restrição a fretados será suspensa. Já as restrições de circulação para caminhões continuam normalmente.

Trabalhadores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), do Metrô e dos ônibus municipais de São Paulo decidiram aderir à greve geral. No Metrô, a adesão será na linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata (monotrilho). As linhas 5-lilás e 4-amarela são operadas pela iniciativa privada. Funcionários do Metrô e das empresas de ônibus fazem assembleias nesta quinta-feira (13) para decidir como será a participação na paralisação.

Na quarta-feira (12), Metrô, CPTM e SPTrans (empresa que administra o transporte de ônibus municipal) conseguiram liminares (decisões provisórias) na Justiça para barrar a paralisação.

Segundo a prefeitura, a suspensão do rodízio foi tomada "preventivamente", caso os motoristas e cobradores não cumpram a decisão judicial de manter a circulação dos ônibus.

A SPTrans diz que vai monitorar a operação dos ônibus e prestar todas as informações pelo site da empresa, pelas redes sociais e pelo telefone 156. As faixas reversíveis irão seguir a operação normal nesta sexta-feira, tanto no período da manhã, quanto no da tarde.

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes recomenda que as pessoas usem bicicletas ou façam seus trajetos a pé. "Além disso, é importante planejar o caminho e conversar com colegas de trabalho e vizinhos para organizar caronas solidárias", disse a secretaria em nota.

A greve geral tem adesão de centrais sindicais como UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CUT (Central Única dos Trabalhadores). Com isso, deverão parar motoboys, taxistas, caminhoneiros e profissionais de limpeza urbana ligados à UGT.

No caso da CUT, metalúrgicos, professores das redes pública e privada, petroquímicos, químicos e servidores devem cruzar os braços.