Obra abandonada preocupa moradores de Praia Grande

Residenciais Sítio do Campo (I-C e I-B) deveriam ser entregues no próximo 18 de junho, mas obras estão paradas.

8 JUN 2019 • POR • 09h33
Com a situação de abandono, obra dos residenciais passou a abrigar moradores de rua. - NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

As casas dos Residenciais Sítio do Campo, em Praia Grande, deveriam ser entregues no próximo dia 18. No entanto, faltando apenas dez dias para o prazo previsto, as obras estão paradas.

O abandono do local gera insegurança nos moradores do entorno. No Residencial Sítio do Campo I-C, são 24 sobrados e uma casa térrea, já no Sítio do Campo I-B, três sobrados e uma casa térrea. Os empreendimentos têm o valor de R$ 2.375 milhões e R$ 380 mil, respectivamente.

Os residenciais estão localizados no cruzamento entre as ruas Senador Azevedo Júnior e Máximino Domingues Gracio, próximo ao Campo 13 de Maio. Com o abandono das obras, os munícipes temem pela própria segurança.

"É muito perigoso de noite, quem precisa trabalhar nesse horário fica com medo de passar pelo local", afirma Fernando Gama. "As pessoas tiveram as casas sorteadas, mas as obras estão paradas", lamenta.

Segundo Wedson Melo, que mora em frente ao Residencial, o local passou a abrigar moradores de rua.

O ajudante de pedreiro Dionísio Oliveira trabalhava na obra e reclama da falta de pagamento. "Trabalhamos e não deram nenhuma satisfação para gente, simplesmente pararam de pagar e fornecer material", diz.

Questionada sobre a situação, a Prefeitura de Praia Grande informou que a obra é de total responsabilidade da Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelo Programa Minha Casa Minha Vida. A Administração Municipal alegou ainda que a Secretaria de Habitação já tinha identificado o problema na obra e comunicado à CEF.

"Uma reunião entre representantes da CEF, da empresa responsável pela obra e da Prefeitura será realizada esta semana, para verificar quais são as razões para o atraso e tomar as medidas cabíveis a fim de que os trabalhos sejam retomados no menor tempo possível", esclareceu, em nota.

Ainda segundo a Prefeitura, quem estabelece os prazos é o contrato, mas, possivelmente, como o cronograma está atrasado, deverá ser prorrogado. "Quem decidirá o quanto será a CEF e a construtora, mas a Prefeitura solicitará que seja o menor possível", reiterou.

A reportagem também entrou em contato com a CEF, que disse que "notificou a construtora Rocris Empreendimentos e Construções Ltda, responsável pelas obras do empreendimento Sítio do Campo II, para que retome as obras". E ressaltou que "é de responsabilidade da construtora a continuidade de execução de obras e o pagamento dos respectivos empregados".

Segundo a CEF, o empreendimento tem previsão de conclusão de obras físicas em novembro de 2019. A data informada pela Caixa é diferente da fixada na placa da obra, 18 de junho.