Rapaz é preso acusado de tentar matar ex-companheira, de 16 anos, em Guarujá

Portando faca, o acusado abordou a vítima no Jardim Primavera; a jovem conseguiu escapar e não se feriu

*Com informações da Agência Brasil

Um ajudante geral de 25 anos foi preso em flagrante na noite de domingo (31) sob a acusação de tentar matar a ex-companheira, de 16, no Jardim Primavera, em Guarujá. Segundo a polícia, o acusado não aceitava o fim do relacionamento e decidiu ir até a casa da vítima portando uma faca. Ambos chegaram a residir juntos durante a relação. 

A jovem e a mãe foram abordadas na frente da casa onde moram. Diante da recusa da adolescente em conversar, o ajudante pegou o objeto e tentou esfaquear a vítima, mas foi contido por pessoas que estavam nas proximidades.  A adolescente correu para não ser atingida, de acordo com o registro da 
corrência. 

O acusado deixou o local, mas foi localizado pela Polícia Militar. 

Levado para a Delegacia Sede de Guarujá, o homem foi autuado em flagrante e recolhido à carceragem.

Aumento

As mortes qualificadas como feminicídio em São Paulo aumentaram 12,9% em 2018 na comparação com o ano anterior, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Foram registrados 148 assassinatos no ano passado e 131 em 2017. O homicídio qualificado como feminicídio foi definido pela Lei nº 13.104 de 2015, que estabelece pena de 12 a 30 anos.

O feminicídio corresponde a 27% do total de homicídios dolosos de mulheres no estado de São Paulo, que somaram 548 casos em 2018. Desde que a lei foi instituída, a morte de mulheres por feminicídio tem aumentado.

Para a promotora Valéria Scarance, que coordena o Núcleo de Gênero do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), embora seja negativo o aumento da morte de mulheres, o enquadramento dessas mortes como feminicídio é um dado positivo, pois demonstra que a lei vem sendo incorporada pelos órgãos públicos.