Mãe acusa UPA da Zona Noroeste de trocar fichas e dar medicamento errado ao seu filho

Caso ocorreu na noite de sexta-feira (29). Segundo relato da mãe, a enfermeira responsável pela medicação não foi mais encontrada na unidade após o incidente.

31 MAR 2019 • POR • 19h15
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste, em Santos. - Divulgação/PMS

A dona de casa Letícia Santos de Oliveira, de 25 anos, relatou à equipe de reportagem do Diário do Litoral que o seu filho recebeu uma medicação errada na noite da última sexta-feira (29) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste, em Santos. Segundo ela, a enfermeira trocou a ficha do seu filho com a de outro paciente, com o mesmo nome.

Arthur de Oliveira Simões, de 4 anos, deu entrada na UPA por volta das 19h30 da sexta-feira (29), com um quadro de bronquite. Depois de ser atendido pela pediatra, a mãe acompanhou o filho até a sala de medicações. E foi a partir daí que, segundo Letícia, começou a confusão.

"A enfermeira perguntou o nome do meu filho, mas tinha outra criança com o mesmo primeiro nome do meu (Arthur). Ela pediu que eu entrasse com ele e disse que seria aplicada uma injeção de benzetacil. Assim que saímos da sala a mãe do outro menino (Arthur S. de L.) me alertou que ela (a enfermeira) tinha trocado a ficha dos meninos", conta.

Ao questionar a enfermeira sobre o erro, Letícia disse que a profissional pediu que ela ficasse tranquila, pois as duas crianças tomariam a mesma medicação. Mas, ao retornar à sala da pediatra e perguntar sobre a benzetacil, a médica informou que não havia prescrito a injeção. 

"Saí da sala de medicação, dei inalação no meu filho e retornamos à sala da pediatra. Desconfiada, perguntei pra médica se ela havia passado a benzetacil pro meu Arthur, mas ela disse que não, o que confirmou que a enfermeira realmente havia trocado as fichas de atendimento", relata.

Letícia e a médica, então, foram procurar a enfermeira, mas ela não estava mais na unidade. "Disseram que tinha acabado o plantão dela, então chamaram um administrador da unidade pra conversar comigo. Mas só deram atenção à gravidade do ocorrido depois que chamei a Polícia Militar".

A dona de casa disse, ainda, que tomará todas as medidas para que esse erro não fique impune. "E se meu filho tem alergia à alguma medicação? E a responsabilidade da equipe de enfermagem? Vou até o fim para que isso não aconteça com outras pessoas", finaliza. 

O OUTRO LADO

Em nota a direção da UPA da Zona Noroeste diz que lamenta qualquer intercorrência e que uma sindicância foi aberta para apurar o caso. 

A nota diz, ainda, que a família de Arthur de Oliveira Simões "foi prontamente acolhida pela equipe da unidade, que imediatamente tomou as medidas necessárias, visando a continuidade da assistência e segurança do paciente, e que todos estão à disposição dos seus familiares".