'Esta é a ultima geração que pode fazer algo pelo aquecimento global'

Movimento contra as mudanças climáticas 'Fridays for Future' chega a Santos e Peruíbe para engajar alunos sobre o tema

15 MAR 2019 • POR • 08h20
Derretimento do iceberg vai liberar enorme volume de água que refletirá no aumento do nível do mar - Rodrigo Montaldi/Arquivo DLre

A cada ano o planeta esquenta 0.5 C°. Na Antártida, um iceberg gigante, maior do que o estado de São Paulo, ameaça se desprender nos próximos meses. Quando isso acontecer, começará a derreter e liberar um enorme volume de água que refletirá no aumento do nível do mar, visível, principalmente, em cidades litorâneas, como Santos.

Quanto mais calor, mais chuva e mais neve, como mostra a onda de frio que invadiu o inverno 2019 dos Estados Unidos. Mesmo com tantos dados e fatos que comprovam o aquecimento global, há governos que questionam os alertas e nada fazem para contê-lo.

Greta Thunberg, de 16 anos, ouviu essas e outras informações em uma aula na escola, em agosto do ano passado. Ficou tão impressionada que passou a fazer greve todas as sexta-feiras em frente a Riksdagshuset, a Casa do Parlamento, em Estocolmo, na Suécia, para protestar e questionar o governo sobre quais atitudes estão sendo tomadas contra as mudanças climáticas.

A ação da menina recebeu atenção mundial e foi nomeada como "Fridays for Future" (sextas-feiras para o futuro). Desde então greves escolares às sextas-feiras vêm sendo realizadas em todo o mundo. O Brasil ainda não está inserido oficialmente no movimento, mas participará, não com greves, mas com outras atividades no evento mundial que reúne estudantes hoje.

E o responsável por trazer este movimento a Santos é o biólogo, ativista e colaborador da ONG Observatório do Clima, Bruno Lima. Ontem, ele esteve em um bate-papo com alunos do Colégio do Carmo, para explicar mais sobre aquecimento global e engajar os estudantes a participarem de ações desta causa. Hoje, dia oficial do movimento, o biólogo participa de atividades em escolas públicas de Peruíbe.  

"Eles são a última geração que pode fazer algo pelo aquecimento global. O planeta não pode aquecer 1.5 C° nos próximos 20 anos. Se isto acontecer, o aquecimento será irreversível", explica o biólogo.