Voa-SP vai disputar aeroporto de Guarujá

Empresa já opera em Itanhaém e em Ubatuba, no Litoral Norte

13 FEV 2019 • POR • 08h00
Guarujá tem potencial para 1,3 milhão de passageiros até último ano da concessão - Divulgação/PMG

Conforme adiantado no final de janeiro pelo Diário, o Consórcio Voa-SP, que já administra, na Baixada Santista, o Aeroporto de Itanhaém, vai participar da futura licitação para administrar o Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá.

A licitação vem logo após isso e o edital já está à disposição para consulta pública. Além de Itanhaém, o Voa-SP administra os aeroportos de Amarais, Bragança, Jundiaí e Ubatuba, no Litoral Norte Paulista.

“O Estado tem 27 aeroportos, cinco estão conosco. A aviação no Brasil dá sinais de recuperação e há interesse de participarmos aqui no Guarujá, dentro de uma concessão mais enxuta, otimizada, recuperando, gradativamente, todos os passivos ambientais e operacionais, visando o atendimento da demanda da região”, disse o presidente do Voa-SP, o coronel-aviador reformado Marcel Gomes Moure, que esteve, na última segunda-feira, participando da troca de comando da Base Aérea de Santos.

Conversa

“Já conversei com o prefeito Válter Suman. Ele está indo até a Secretaria de Aviação Civil (SAC) semana que vem e eu vim conversar hoje (segunda) com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Portuário, Alexandre Trombelli, para ajudar na modelagem do processo, para não torná-lo inviável. Podemos fazer um triângulo entre Itanhaém, Guarujá e Ubatuba. Mas é preciso uma ampla participação pública e privada”, adianta Moure.

Suspensão

Marcel Moure ressalta que a suspensão dos voos da Petrobrás, em Itanhaém, causou perdas para o Município. “Dia 10 de abril, faremos uma discussão sobre a aviação regional lá em Itanhaém e, entre os assuntos, está o retorno da Petrobrás. A pista de Itanhaém é uma das melhores de São Paulo, o terminal é zerado, com estrutura contra incêndio perfeita. Enfim, vamos retomar a parceira, que trouxe benefícios à área turística do Município”, finaliza.    

Outorga

Como adiantado ontem pelo Diário, a Força Aérea Brasileira (FAB) já repassou à Secretaria de Aviação Civil que, por sua vez, deverá, até o final deste mês, encaminhar a outorga à Prefeitura de Guarujá da área consolidada na Base Aérea de Santos, para implantação do Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá. Falta a publicação no Diário Oficial da União, da área de 55 mil metros, destinada ao uso civil. A licitação vem logo após isso e o edital já está à disposição para consulta pública.

Licenças

Vale lembrar que os equipamentos existentes serão reformados. A área cedida possui vegetação nativa e, consequentemente, um tempo para conseguir as licenças ambientais. Ela abrange um terminal de passageiros de 700 metros e um estacionamento, que serão utilizados provisoriamente por cinco anos (60 meses).

No 61º mês, essa área já estará acoplada ao equipamento definitivo, que será construído ao lado, onde a vegetação é bem menor. A empresa terá um ano para regularizar a área. A Prefeitura pretende a concessão de uma área de 50 mil metros quadrados, para a expansão do terminal definitivo.

Investimentos

O valor estipulado de investimentos é pouco mais de 70 milhões durante os 30 anos de concessão para quem irá construir, equipar e explorar o aeroporto. A receita operacional do aeroporto está estimada em R$ 640 milhões e os custos serão de R$ 260 milhões nas três décadas de concessão. No primeiro ano de atividade, a movimentação estimada é de 80 mil pessoas.

Guarujá tem potencial para 1,3 milhão de passageiros até último ano da concessão. O mercado principal a ser conquistado é o embarque e desembarque de passageiros, atendendo toda a Baixada Santista, como também o Porto de Santos, Petrobras e Polo Industrial de Cubatão, além das demandas dos cruzeiros marítimos, turismo de negócios e operações do Pré-Sal.