Após tragédias, Ecovias garante segurança do Sistema Anchieta-Imigrantes

Para evitar novos casos, como o desabamento de um túnel, diversos estudos são realizados periodicamente.

10 FEV 2019 • POR • 13h03
nstrumentos específicos, como inclinômetros, apontam a variação da inclinação e possíveis riscos. - Rodrigo Montaldi/DL

A Rodovia dos Imigrantes (SP-160) possui 44 viadutos, sete pontes e 14 túneis, em 58,5 km de extensão, de São Paulo a Praia Grande. É a principal via de acesso da cidade de São Paulo à Baixada Santista e ao litoral sul. No último Natal e Ano Novo bateu recorde de movimento, chegando a registrar a passagem de 1,2 milhão de veículos. Em dias comuns milhares passam por ela, entre veículos de passeio e caminhões de grande porte responsáveis pelo transporte das mercadorias do Porto de Santos. A primeira parte da pista foi entregue em 1976. Já Rodovia Anchieta (SP-150) foi inaugurada em duas etapas: a pista norte em 1947 e a pista sul em 1953.

As duas rodovias foram projetadas de acordo com o fluxo de veículos do passado, que era bem menor. Para evitar qualquer tipo de tragédia, como por exemplo, o desabamento de um dos túneis, ou até mesmo de uma das pistas da Serra, a Ecovias, concessionária que administra o sistema desde 1998, realiza diversas ações de prevenção. O monitoramento, de acordo com a empresa, é realizado com instrumentos específicos, como inclinômetros (sensor móvel que aponta a variação da inclinação nos intervalos de medição), piezômetros (aparelho que determina pressões neutras no maciço), extensômetros (mede a aproximação ou deslocamento entre dois pontos), medidores de vazão, indicadores de nível de água, entre outros.

Em relação aos deslizamentos de terra, a Ecovias informou que realiza sistematicamente inspeções, manutenções e correções nas encostas das rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes.  Este trabalho envolve uma equipe de profissionais que inclui engenheiros, equipes de conservação e consultores especializados, com equipamentos específicos para este tipo de atuação.

Como medidas preventivas são realizadas limpeza da drenagem, inspeção visual de taludes e monitoramento por meio de instrumentação do maciço e lençol freático por empresas especializadas em geotecnia nos pontos mais suscetíveis.

Em situação de chuvas intensas, com riscos de deslizamentos em qualquer trecho do SAI, as equipes de engenharia e de operação de tráfego iniciam um plano em conjunto, que inclui o monitoramento mais constante do trecho em questão e a montagem de operações especiais para garantir a segurança viária dos usuários e a fluidez do tráfego no SAI.

Caso haja a queda de barreira, a equipe de conservação realiza medidas emergenciais, como limpeza da área e proteção com lona. Na sequência, é iniciado o trabalho para a estabilização do local, que pode ser feita em sacos de solo-cimento, concreto projetado, muro de contenção, entre outros, dependendo do local, tipo de solo e altura da encosta, além da readequação do sistema de drenagem.

Para comprovar que as pistas estão seguras, todos os resultados destes estudos e ações são encaminhados para a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), órgão responsável por fiscalizar os trabalhos realizados nas rodovias do SAI. 

A assessoria da ARTESP informou que ao ser constatado qualquer sinal de não conformidade, a concessionária é notificada a realizar medidas para solucionar o problema, caso contrário, está sujeita a penalidades.