Volta às aulas: alunos correm risco em ao menos nove escolas de Cubatão

Prefeitura fez obras, mas várias unidades estão com infiltrações, alagadas e com áreas interditadas na Cidade

9 FEV 2019 • POR • 08h00
Na UME Fátima, no Jardim Casqueiro, parte do forro desabou e nada foi feito até o momento - Divulgação

O ano letivo em Cubatão deveria ter começado no dia 5, terça-feira, mas em virtude da paralisação dos professores da rede municipal de ensino e do cancelamento das aulas, por parte da Prefeitura da Cidade, para fazer a limpeza em escolas atingidas pelas enchentes de domingo e segunda-feira, as crianças voltaram a estudar no dia 6. A Secretaria de Educação informou que das 55 escolas, duas voltaram a funcionar no dia 7, pois estavam passando por reparos. A Cidade tem 15 mil alunos e 1,3 mil professores.

A Reportagem do Diário do Litoral apurou que, pelo menos nove escolas, estão com sérios problemas estruturais: Sem forro, com infiltrações nas salas, locais interditados, ainda inundados, goteiras. O Centro de Línguas da Cidade, inclusive, teve suas aulas suspensas.  

Na terça-feira, a Secretaria de Educação informou que todas as escolas tinham sido vistoriadas e que foram executados serviços de manutenção como limpeza de calhas, conserto de telhados e correção de infiltrações e que apenas as UMEs Dom Pedro I, na Vila Esperança, e a UME Mário de Oliveira, no Vale Verde, não funcionariam normalmente no dia 6, pois ainda passariam por ­reparos.

A Reportagem recebeu imagens das condições de alguns colégios da Cidade. Na UME Fátima, no Jardim Casqueiro, existem salas com os tetos em péssimas condições, com infiltrações, material apodrecido pela umidade e risco de desabamento. Falando nisso, em uma sala, o forro do teto já caiu e existe um grande buraco lá. Na UME Ulysses Guimarães, na Vila Natal, o risco estava no chão. Na quarta-feira, dia 6, choveu novamente e houve inundações. Inclusive, em função da situação, já que havia salas sem condições de abrigar os alunos, várias turmas foram colocadas juntas num mesmo local para o professor poder lecionar.

Na UME Rio Grande do Sul,  no Jardim das Indústrias, o refeitório está interditado, pois foi inundado. Na UME Estado de Alagoas, no Pinhal do Miranda, funcionários tentam evitar as goteiras com baldes em cima das mesas dos alunos.

Prefeitura

As escolas estavam OK para o início das aulas. Todas passaram por vistorias e os acabamentos necessários foram realizados, segundo o titular da Secretaria de Manutenção e Serviços Públicos, Gilvan Guimarães.

No entanto, a tempestade sobre Cubatão durante o início da semana se transformou numa verdadeira tragédia nos diferentes bairros. Muitas escolas foram inundadas, resultando estragos consideráveis, principalmente de infiltração provocado pelo entupimento das ­calhas:

UME Fátima - Reforma geral nos telhados, hidráulica, Civil e pintura geral; UME Rio Grande do Sul estamos fazendo reforma de todo telhado, calhas e forro da cozinha e do refeitório que danificou com a chuva e  recuperação de todas as grelhas com limpeza das galerias;

Ulysses Guimarães, Vila Natal: Revisão no telhado devido aos estragos ­provocados pelas chuvas. Programada manutenção geral da escola, inclusive a recuperação de todo telhado  da quadra de futebol;

UME ­Alagoas: manutenção no telhado, com troca de calhas, eliminando infiltrações. A Secretaria de Manutenção e Serviços Públicos está com equipe de manutenção de telhados e calhas fazendo ­vistorias e manutenção.