Ponte dos Barreiros, em São Vicente, precisa de obras, diz laudo

Recomendação é do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que apresentou laudo técnico da ponte

19 JAN 2019 • POR • 09h00
Nos dias 22 e 23 de dezembro, IPT inspecionou e realizou Prova de Carga na Ponte dos Barreiros - Divulgação/PMSV

A Ponte dos Barreiros precisa passar por obras de recuperação da estrutura de sustentação no período de 180 dias. A recomendação é do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que apresentou laudo técnico do local.  

De acordo com a inspeção, há fissuras e perda de seção de concreto do interior das estacas, além de presença de armadura exposta e corroída.

Caminhões de até dois eixos - que estavam há três semanas impedidos de trafegar sobre a Ponte dos Barreiros - foram autorizados a voltar a circular, também no prazo de seis meses.

“O IPT recomenda o tráfego de forma segura por um período de 180 dias já que o processo de deterioração é contínuo e acelerado em ambiente constituído por água salobra e marinha, e coloca em risco os usuários dessa ponte”, conclui o laudo técnico.

Veículos leves, ônibus intermunicipais e micro-ônibus seguem autorizados a utilizar a ponte. Fica restrito o tráfego de veículos pesados, como caminhões com três eixos e carretas.

A liberação recomenda ainda a condição de velocidade máxima de 40km/h.

A Secretaria de Trânsito e Transportes de São Vicente (Setrans) já substituiu as placas de sinalização indicando a permissão. Seguindo orientação do órgão estadual, também foram instaladas de forma preventiva lombadas nos dois lados da cabeceira da ponte, visando reduzir o impacto sobre a estrutura.

A passagem tem 623 metros de extensão, constituída por super estrutura com vigas apoiadas em 30 quadrantes - peças estruturais constituídas por um conjunto de vigas e blocos onde se apoia a estrutura.

Por volta das 10 horas de ontem, o prefeito Pedro Gouvêa apresentou o teor do laudo a uma comissão de caminhoneiros que reivindicava a liberação. “Sabemos da importância da ponte e por meio do diálogo buscamos uma solução”, afirmou ­Gouvêa.