Justiça Federal decide absolver Kenny Mendes

Ele estava sendo acusado pelo Ministério Público Federal de falsidade ideológica e uso de documento falso

17 JAN 2019 • POR • 11h04
Kenny Mendes é absolvido - Rodrigo Montaldi/DL

O ex-vereador e atual deputado estadual Kenny Mendes (Progressistas) foi absolvido pela Justiça Federal dos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso.

A decisão é da juíza federal Lisa Taubemblatt que, em 2017, havia acatado denúncia do Ministério Público Federal (MPF), por intermédio do procurador da República, Adriano Svamer Cordeiro.

Após ouvir testemunhas contra e a favor, o próprio acusado e analisar vários documentos, a magistrada entendeu não haver dolo (intenção de cometer o crime) por parte de Kenny e nem provas seguras que pudessem condená-lo.

O MPF havia denunciado que Kenny havia nascido em Thompson, no Canadá, em 1971, e depois teria utilizado certidão de nascimento emitida em Cubatão, em 1977, para conseguir documentos brasileiros ideologicamente falsos e usá-los a sua ­conveniência. 

No entanto, o próprio MPF informou a juíza que a prova produzida ao término do processo não foi capaz de demonstrar, de modo claro e inequívoco, a existência do dolo.

“Diante do exposto, julgo improcedente a denúncia e, em consequência, absolvo Kenny Mendes Pires”, decidiu juíza, determinando, inclusive, o cancelamento dos procedimentos policiais e judiciais contra ele nas esferas criminais.         

Unanimidade

Vale lembrar que o parlamentar foi absolvido por unanimidade no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que julgou improcedente ação impetrada pelo advogado Nobel Soares de Oliveira que pedia a cassação do diploma eleitoral dele enquanto vereador por ter supostamente infringido a lei para exercer o mandato. Com ambas as decisões, Kenny permanece com seus direitos políticos intactos.

Professor Kenny, como é conhecido o político, foi eleito duas vezes vereador em Santos, na última, ele foi o vereador mais votado da cidade de Santos, com 24.765 votos. Nas eleições de outubro último, obteve 117.567 votos e conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Procurado, Kenny disse que soube da absolvição às 9 horas de hoje por intermédio do Diário do Litoral.

“Obrigado pela notícia. Fiquei sabendo por vocês. Estou muito feliz e estava bastante confiante por conta do que já havia ocorrido na Justiça Eleitoral. Como eu poderia ser responsabilizado por algo que ocorreu quando eu tinha seis anos. Agora, é seguir em frente a focar na política que sempre fiz, para o bem e olhando pra frente, podendo representar a região com muito orgulho. Sempre acreditei na justiça”, finalizou por telefone.