Doria diz que presos de SP vão pintar as 5.500 escolas da rede estadual

A afirmação foi feita durante coletiva, após reunião do secretariado no Palácio dos Bandeirantes

11 JAN 2019 • POR • 18h01
De acordo com a equipe de Doria, o serviço seria feito nos períodos de férias e fins de semana - Divulgação/Fotos Públicas

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (11) que os presos pintarão as cerca de 5.500 escolas estaduais. A afirmação foi feita durante coletiva, após reunião do secretariado no Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com a equipe de Doria, o serviço seria feito nos períodos de férias e fins de semana -dessa maneira, os detentos não terão contato com os estudantes.

Só participarão do projeto os presos interessados e que estejam no sistema semiaberto. Inicialmente, serão abertas 8.000 vagas. Os presos terão remição da pena.

"Vamos cadastrar os municípios interessados", diz o secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo. O transporte dos presos ficará por conta das cidades interessadas, mas a fiscalização do trabalho deles será feito pelo estado.

Segundo Restivo, não é preciso nenhuma mudança na legislação para colocar em prática o programa. Ele já existe, mas em escala muito menor.

Quando foi anunciado secretário responsável pela gestão dos presídios em São Paulo, Restivo reconheceu o déficit de vagas nas unidades e disse que o aumento da capacidade será feito por meio de parcerias público-privadas, uma das prioridades da gestão Doria.

O secretário também afirmou que outra meta será desafogar o sistema prisional, por meio do oferecimento de benefícios aos quais os presos têm direito e audiências de custódia.

Trilhos

Doria também tratou de mudanças na ligação entre a linha 13-jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano) e o aeroporto de internacional de Guarulhos (Grande São Paulo). Entre as possibilidades estudadas, estão a construção de uma espécie de monotrilho denominado como "people mover" ou até uma passarela com esteira de 1.400 metros.

"Não faz sentido transporte público que não leva até o aeroporto. É tão bizarro que é difícil acreditar que isso tenha sido feito no estado de São Paulo", disse, sobre a obra desenvolvida na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).