Professor de teatro é atacado após Réveillon em Guarujá e espera indiciamentos

Rafael de Souza afirma que foi vítima de um ataque homofóbico nas Astúrias e registrou boletim de ocorrência na tarde desta quarta-feira (2)

2 JAN 2019 • POR • 19h55
Vítima foi alvo de um soco e teve ferimento na boca - Reprodução

O professor de teatro Rafael de Souza, de 31 anos, foi agredido com um soco na boca nas Astúrias, em Guarujá, após o Réveillon, em um ataque que ele tem convicção ter sido homofóbico.

Souza registrou ocorrência junto à Polícia Civil ontem e espera o indiciamento dos dois agressores, que passavam o feriado em uma casa no mesmo bairro do ataque.

Em entrevista ao Diário do Litoral, o professor afirma que o crime ocorreu por volta das 7h, após ele sair da casa de uma amiga e caminhar acompanhado de um rapaz de mãos dadas pela Rua Osvaldo Rubens Lourenço.

"Ouvi uma gritaria atrás de mim. Achei que estava rolando alguma briga. Eu fui olhar para ver o que que era e eu vi que era comigo (...) No que eu terminei de virar meu corpo eu já tomei um soco na cara", afirma a vítima.

Segundo Souza, os agressores o chamaram de "veado" e disseram que "veado tem que morrer".  O professor afirma que segurou os braços dos dois agressores e os empurrou, se desvencilhando para evitar mais ­ferimentos.

Segundo ele, sua amiga foi posteriormente à casa  onde os agressores estavam e ouviu dos próprios a ­confissão. Na casa havia cerca de 15 pessoas.

Descrição

De acordo com a vítima, os dois homens têm mais de 1,70m, são magros, brancos, com cabelos curtos e não usam barba. Ambos  aparentam ter mais de 20 anos e não tem peculiaridades evidentes, segundo o professor.

A vítima diz que espera uma identificação e responsabilização rápida dos ­agressores. "Eles estão muito seguros do que fizeram e muito tranquilos, no caso", afirma o professor.