Protesto contra reforma da previdência de SP tem confusão e bombas em frente à Câmara

Inicialmente, houve o disparo de três bombas contra os manifestantes, que em sua maioria são vinculados a sindicatos de servidores municipais

26 DEZ 2018 • POR • 15h45

Enquanto os vereadores de São Paulo analisavam propostas de alteração da previdência de servidores municipais, a Guarda Civil Metropolitana utilizou bombas de efeito moral contra manifestantes que desde a manhã desta quarta-feira (26) pressionavam os vereadores, em frente à Câmara Municipal. 

Inicialmente, houve o disparo de três bombas contra os manifestantes, que em sua maioria são vinculados a sindicatos de servidores municipais. 

Um dos portões de acesso à Câmara foi derrubado, e um grupo de GCM tentou barrar a entrada dos manifestantes na Câmara. 

Houve também o disparo de lixo, pedras e garrafas de vidro contra o prédio e os GCMs, que continuaram lançando bombas de efeito gás lacrimogênio.

PROPOSTA

Prioridade da gestão Bruno Covas (PSDB), a proposta da reforma da previdência paulistana prevê aumentar a alíquota de 11% para 14% para os servidores e estabelece um sistema de previdência complementar para quem ganha acima do teto de aposentadoria (R$ 5.645,80) do INSS.

Na madrugada do sábado (22), a Câmara Municipal aprovou, em uma sessão marcada por empurra-empurra e troca de acusações entre vereadores, a reforma em primeira votação.

Para que seja implementado, o projeto ainda precisa passar por segunda votação na Câmara e ser sancionado pelo prefeito.

Entre os 55 vereadores, 33 votaram favoravelmente e 16 se manifestaram contra. O projeto precisava de 28 votos para ser aprovado. Os vereadores Camilo Cristófaro (PSB), Celso Jatene (PR), Conte Lopes (PP), David Soares (DEM), Patrícia Bezerra (PSDB) e Ota (PSB) não compareceram à votação.