Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, será ampliado

Hospital Municipal ganhará sessenta novos leitos

18 DEZ 2018 • POR • 09h20
Mudanças foram anunciadas ontem em coletiva de imprensa - Nair Bueno/DL

A partir de primeiro de janeiro, o Complexo de Saúde Irmã Dulce, em Praia Grande, passará a ser gerido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). O anúncio foi feito em coletiva de imprensa na manhã de ontem. O prefeito Alberto Mourão ­informou ainda a ampliação do Hospital Municipal, que ganhará 60 ­novos leitos.

Além do Hospital Municipal, o Complexo compreende a Porta de Entrada de Urgência e Emergência do Hospital (PS Central), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Samambaia e a Unidade de Alta Complexidade em Cuidados ao Portador de Doença Renal Crônica e Terapia Renal Substitutiva de Praia Grande (Nefro-PG). Atualmente, o Complexo é gerido pela Fundação do ABC.

“A cada cinco anos temos que fazer um chamamento público para ter um novo gestor. Estamos cumprindo o que determina a lei e, dentro disso, estabelecemos um novo critério de contrato na busca de melhores indicadores,”, declara o prefeito ­Alberto Mourão.

O investimento da Prefeitura será de cerca de R$ 20 milhões. Com a ampliação, o Hospital passará de 210 para 270 leitos, beneficiando a maternidade e os leitos para internação. De acordo com a Administração Municipal, as obras terão início no primeiro semestre de 2019.

A ala da maternidade ganhará 23 leitos, passando de 45 para 68. Uma das novidades serão os Leitos Cangurus. Atualmente, o Hospital não conta com leitos do tipo e, após a ampliação, serão quatro. A novidade atende as normativas da Rede Cegonha, com o objetivo de viabilizar e incentivar o parto humanizado.

Já os leitos de internação, vão passar de 165 para 202. Desta forma, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) do Município prevê um aumento do acesso aos procedimentos eletivos. A ampliação proporcionará cerca de 4 mil novas internações por ano.

“Nós representamos a maior parte dos leitos de internação regional pública e mais graves, a maior parte dos leitos de UTI”, comenta Mourão. O Hospital funciona como referência para a Região em trauma e neurocirurgia no atendimento de pacientes de média e alta complexidade, sendo responsável por 59,83% dos atendimentos da região em leitos disponibilizados pelo Governo.

Para gerir o hospital, a SPDM vai receber da Prefeitura R$ 11.330.340,00 ­mensais.

Transição

O secretário de saúde de Praia Grande, Cleber Nogueira, esclareceu que a transição começou no início do edital. “O prefeito se incumbiu de criar uma equipe de transição, que atua diretamente no hospital para evitar qualquer interrupção de serviços”.

Nogueira prometeu cobrar resultados, visando mais transparência e qualidade. “Nós, enquanto Município, nos aperfeiçoamos no monitoramento, então vamos verificar mais de perto e cobraremos os resultados, para podermos atingir os objetivos”.

O superintendente da SPDM, Mário Silva Monteiro também comentou sobre a transição. “Nós vamos implantar o nosso modelo. Nosso compromisso é fazer uma transição tranquila, absorvendo todos os funcionários da parte operacional e sem transtornos”. Monteiro prometeu ainda melhorar a qualidade dos serviços prestados, humanizando o atendimento.

Outras mudanças

O Complexo passará a contar com uma base descentralizada do SAMU, com capacidade para oito ambulâncias, dois quartos de repouso, um almoxarifado, uma sala de estar e banheiros masculino e feminino.

Um laboratório central ficará localizado em área com cerca de 200m². O refeitório dos funcionários passará de 83m² para 168m². Por fim, a área de espera de cirurgias eletivas, que agora tem 27,6m², após a ampliação contará com 59,7m².