Tribunal Regional do Trabalho determina volta parcial dos ônibus em Peruíbe

Desde as 4 horas de segunda-feira (26), os 28 ônibus do transporte coletivo e quatro de fretamento da empresa Jundiá para estudantes foram paralisados

27 NOV 2018 • POR • 21h03
130 empregados da empresa Jundiá cruzaram os braços devido ao atraso no pagamento do vale - Divulgação

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região concedeu em parte a liminar de ação impetrada pela empresa Jundiá contra o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos. A informação é da Prefeitura de Peruíbe.

De acordo com a decisão, fica determinada a manutenção de 50% dos trabalhadores, da frota de veículos e da prestação dos serviços de transporte público coletivo em Peruíbe, sob pena de incidência de multa diária de R$ 5 mil por trabalhador que não cumprir a ordem. A manutenção de percentual mínimo de trabalhadores e de atendimento à comunidade deve ponderar o interesse público e a possibilidade do exercício do direito de greve.

Na decisão, é ressaltado que, em cumprimento da liminar deferida parcialmente, deverá a entidade sindical dos trabalhadores zelar para que o percentual mínimo de força de trabalho seja alocado de maneira a minimizar os prejuízos ao atendimento e viabilizar o transporte público coletivo e, consequentemente, as necessidades imediatas da população.

A decisão é assinada pelo desembargador do Trabalho do Tribunal Regional da 15ª Região - Seção de Dissídios Coletivos, Gabinete da Vice-Presidência, Edmundo Fraga Lopes.

Greve

Desde as 4 horas de segunda-feira (26), os 28 ônibus do transporte coletivo e quatro de fretamento da empresa Jundiá para estudantes foram paralisados. O motivo é porque os trabalhadores não receberam o adiantamento salarial, correspondente a 40% dos vencimentos de novembro. O vale deveria ter sido pago no último dia 20 (terça-feira).

Os 130 empregados paralisaram o trabalho espontaneamente e comunicaram o Sindicato dos Rodoviários.
O vice-presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões, o Betinho, espera que a empresa pague imediatamente o que deve. “O que não tem cabimento é deixarem a população e os trabalhadores desguarnecidos”, afirmou.

O sindicalista disse também que os atrasos salariais são frequentes. Outra paralisação ocorreu no dia 1º de outubro. Os salários de julho e agosto foram pagos com atraso nos dois meses subsequentes, segundo ele.
Betinho acrescentou que os trabalhadores decidiram só retornar ao trabalho após o pagamento do atrasado ou em cumprimento à decisão da Justiça do Trabalho.

A companhia conta com aproximadamente 40 motoristas, que cruzaram os braços. Monitores e o pessoal do setor administrativo também aderiram à greve, conforme o sindicalista.