Garotas mortas na represa Guarapiranga estavam fora de área segura

O motorista Elmo de Jesus, 35 anos, pai de Taís e de Ana Paula, disse que o local onde as meninas se afogaram não tinha bombeiros.

20 NOV 2018 • POR • 15h12
Três garotas se afogaram na represa Guarapiranga no último domingo (18). - Luiz Claudio Barbosa/Código19/FP

As meninas que morreram afogadas na represa Guarapiranga, no Grajaú (zona sul), estavam fora de uma área delimitada como segura para banho pelo Corpo de Bombeiros. 

As estudantes Natiele Jesus Silva Mendes, 12 anos; Poliana de Oliveira Santos, 11 anos; e Taís Gomes de Souza, 13 anos, morreram neste domingo à tarde em uma das praias da represa. A estudante Ana Paula Gomes de Souza, 11 anos, irmã de Taís, também se afogou, mas foi resgatada e está internada em "estado gravíssimo" no Hospital Geral do Grajaú.

Segundo o capitão Marcos Palumbo, porta-voz dos bombeiros, há uma área na represa delimitada por cordas, como se fosse uma praia, onde os salva-vidas observam as pessoas. "Não sabemos por qual razão, as famílias entraram por uma marina e estavam fora de atuação dos bombeiros, e as meninas acabaram se afogando", disse Palumbo.

O motorista Elmo de Jesus, 35 anos, pai de Taís e de Ana Paula, disse que o local onde as meninas se afogaram não tinha bombeiros.

Ele contou que deixou a mulher, as filhas e Natiele, amiga das meninas, próximo à margem da represa e foi estacionar o carro. Quando voltou, cerca de 15 minutos depois, viu a mulher chamar por socorro. "Elas queriam ver um batismo que estava acontecendo ali perto, e foram com a mãe", disse Elmo, que é evangélico e frequenta a igreja Assembleia de Deus com toda a família.

O capitão Palumbo ressaltou que a represa Guarapiranga é perigosa "em todos os pontos" porque não é possível ver o fundo, tem vegetação, lodo e lama. "E como não se vê o fundo, pode dar um passo e ficar submerso", disse. Por isso, a recomendação é que as pessoas fiquem na área delimitada, que já foi verificada previamente pelos bombeiros.

OUTRAS VÍTIMAS

A Secretaria de Segurança Pública, do governo Márcio França (PSB), confirmou o nome de dois homens que morreram afogados na Billings. Julio Cesar Silva de Lima, 24 anos, morreu anteontem após o barco em que estava virar. Vando de Lima Roberto, 35 anos, foi encontrado morto no sábado na margem da represa, na avenida Dona Belmira Marin, em Cidade Dutra (zona sul).