Espaço do Dança de Rua é entregue totalmente reformulado

Com a reforma, o tradicional espaço localizado atrás do Museu da Imagem e do Som (Miss), também recebeu um novo visual

14 NOV 2018 • POR • 19h01
Agora o espaço possui novo piso, palco, iluminação em LED, dois banheiros e bebedouros - Divulgação/PMS

Quanto talento cabe em 120m²? Quantos rumos foram mudados por meio da dança? "Daqui saíram profissionais para o mundo inteiro. Pessoas que ganharam uma chance graças à dança. Temos ex-alunos no Japão, China, Rússia, França e em muitos outros países", declarou o coreografo Marcelo Cirilo, que em 1991 criou o Grupo Dança de Rua do Brasil.

As palavras de Cirilo dão a exata dimensão do que significa o espaço do Dança de Rua dentro do Centro de Cultura Patrícia Galvão. Carinhosamente chamado de 'solo sagrado', o local passou por uma ampla reformulação, que foi entregue na noite desta terça-feira (13). Agora o espaço possui novo piso, palco, iluminação em LED, dois banheiros e bebedouros.

Realizados pela equipe de manutenção da Secretaria de Cultura (Secult), os serviços envolveram a troca de todo tablado em madeirite naval (à prova d'água), substituição de 300 metros lineares de caibros, construção de um palco em alvenaria – proporcionando maior conforto e segurança aos professores -, reformulação de toda estrutura elétrica entre outras melhorias.

Com a reforma, o tradicional espaço localizado atrás do Museu da Imagem e do Som (Miss), também recebeu um novo visual. O grafite original feito pelo artista Leto, há 27 anos, ganhou uma releitura, agora a cargo de Cesart.

Noite de apresentações

Para celebrar a entrega do novo solo sagrado, nada mais adequado do que dança. As famílias e amigos dos dançarinos foram presenteados com a exibição dos alunos do professor Ricardo Andrade, com coreografia de hip-hop e outra de K-pop - ritmo que é febre entre os jovens, e que a partir deste ano também faz parte da grade de aulas oferecidas pelo Fábrica Cultural da Secult.

O público curtiu também a apresentação da coreografia Mulheres de Preto, versão da cia. Dança de Rua Feminino, em homenagem à emblemática e premiada coreografia Homens de Preto, que encerrou a noite de festa, reunindo a 'velha guarda' do grupo Dança de Rua do Brasil.

"Como podemos constatar hoje, aqui é um espaço que funciona em prol das famílias, e que vai revelar ainda mais talentos", declarou prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, que, ao lado do secretário de Cultura, Rafael Leal, descerrou uma placa em homenagem ao grupo considerado por muitos especialistas a peça fundamental para pavimentação do street dance no País.