‘As memórias pretéritas foram vivenciadas em algum lugar do tempo e espaço’

Apresentada à Terapia de Regressão por uma amiga, Andrea Borges queria respostas, buscava as razões que a impediam de gerar um filho

20 OUT 2018 • POR • 08h40
Andrea Borges conta um pouco sobre as razões que a levaram à Terapia de Vidas Passadas - Arquivo Pessoal

O desejo de ser mãe e amargando anos de frustração por não conseguir engravidar levaram Andrea Borges à Terapia de Vidas Passadas (TVP). Apresentada à Terapia de Regressão por uma amiga, Andrea queria respostas, buscava as razões que a impediam de gerar um filho.

Andrea diz que, através da Terapia de Vidas Passadas, encontrou o que buscava e, finalmente, engravidou. Com o sucesso do tratamento, ela decidiu, então, enveredar sua carreira profissional para a Terapia de Regressão e, dessa forma, ajudar outras pessoas a solucionarem seus problemas.  

Em entrevista ao Diário do Litoral, ela conta um pouco sobre as razões que a levaram à Terapia de Vidas Passadas. Essa entrevista encerra a série sobre a TVP.

Diário – Quando e por que você decidiu fazer a Terapia de Vidas ­Passadas?

Andrea Borges – Passei sete anos tentando engravidar, sem resultado. Os exames do meu marido estavam ótimos, mas os meus detectaram ciclos anovulatórios e uma trompa um pouco mais lenta. Passamos por dois médicos especialistas em reprodução humana, tomei injeções para ovular e fiz duas fertilizações in vitro, mas não obtivemos êxito em nenhum tratamento. Por indicação da minha ginecologista e amiga procurei a Terapia Regressiva com o objetivo de buscar respostas para o fato de não conseguir ser mãe como eu tanto desejava.

Diário – Você encontrou as respostas que ­buscava?

Andrea Borges – Procurei a Terapia Regressiva buscando respostas e conformação para a impossibilidade de ser mãe. Após alguns meses de tratamento fiz uma regressão que tinha total relação com a minha problemática e, pelos meus cálculos, na mesma semana engravidei.

Diário – Foi após a TVP que você decidiu trabalhar com isso?

Andrea Borges – Sim. Após o nascimento da minha filha decidi me especializar em Terapia Regressiva para poder proporcionar aos outros tudo o que recebi através da TR.

Diário – As memórias de vidas passadas trazidas durante uma sessão podem também ser ­lembranças de acontecimentos vividos por ­ancestrais da pessoa?

Andrea Borges – Há uma corrente de pesquisadores que denominam os relatos feitos durante as regressões de “memória genética” ou “memória ancestral”. E há outra corrente que, levando em consideração a hipótese da reencarnação, acredita que esses relatos são lembranças de uma vida pregressa. Mas, independentemente da nomenclatura, o fato é que as histórias trazidas pelos pacientes em regressão estão em seu subconsciente e, uma vez trabalhadas, podem proporcionar a resolução para a queixa trazida ao consultório.

Diário – Essas memórias podem ser somente imaginação do paciente?

Andrea Borges – Teoricamente podem. Mas o simples fato de você imaginar e contar uma história fictícia não seria capaz de fazê-lo sentir sensações físicas, vivenciar emoções fortes e muito menos fazer com que a história contada proporcionasse um processo de autocura, autotransformação e resolução dos problemas.

Diário – É possível obter essas respostas ou jamais saberemos as origens das memórias relatadas por pacientes durante as sessões?

Andrea Borges – É completamente possível, mas não em todos os casos. Alguns estudiosos já publicaram pesquisas feitas sobre Regressão de Memória que nos apresentam fatos no mínimo intrigantes. Por exemplo, a Dra. Helen Wambach, psicóloga norte-americana, realizava regressões em grupo, depois analisava e catalogava os dados coletados, comparando-os com os dados históricos. O Dr. Ian Stevenson, médico e psiquiatra canadense, estudou detalhadamente as evidências da reencarnação obtidas através de meticulosa pesquisa sobre mais de 2000 casos de crianças que tiveram reminiscências espontâneas de vidas passadas. Eu mesma pude verificar em pesquisa na internet informações que obtive através de uma Regressão de Memória às quais desconhecia na vida presente. E já tive alguns pacientes que passaram pela mesma situação que eu. Todos esses e vários outros relatos, bem como as publicações e estudos científicos, nos mostram que as memórias pretéritas trazidas pelo paciente foram vivenciadas de fato em algum lugar do tempo e espaço.