Dia Mundial da Visão alertar para os riscos da cegueira

A data é celebrada sempre na segunda quinta-feira de outubro (dia 11)

10 OUT 2018 • POR • 14h52
Dia Mundial da Visão alertar para os riscos da cegueira - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Para chamar a atenção da população é celebrada na segunda quinta-feira de outubro, o Dia Mundial da Visão. Em 2018, a data será no dia 11 desse mês. O objetivo é eliminar a cegueira evitável em todo o mundo até 2020, já que a cada cinco segundos uma pessoa fica cega, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). A conscientização da população é fundamental, já que 80% dos casos de cegueira pelo mundo poderiam ser evitados ou tratados.
 
"Hoje, a oftalmologia está bastante avançada. Sempre recomendamos que as pessoas procurem periodicamente um oftalmologista para que a prevenção esteja à frente da ação", explica o sócio da Clínica Unilaser e especialista em segmento anterior (miopia, hipermetropia e astigmatismo), Dr. Marcos Alonso Garcia.

No Brasil, existem 1,2 milhões de pessoas cegas. Em relação às crianças, a média de perda de visão é de uma criança cega a cada minuto. Para se ter uma noção da importância dos exames preventivos, o primeiro exame oftalmológico realizado no ser humano ocorre nos sete primeiros dias de vida. Com o teste do olhinho (ou do reflexo vermelho), pode-se prevenir pelo menos 60% das causas de cegueira ou sequelas visuais infantis.
 
Já na fase adulta a atenção deve ser ainda maior. A partir dos 40 anos, devem ser feitos exames regulares para verificar a presença de catarata, glaucoma e degeneração da mácula, que são consideradas as principais causas de cegueira em pessoas com idades mais avançadas. Portadores de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, também devem consultar especialistas regularmente, já que, se não tratadas, também podem afetar a visão.
 
Porém o médico alerta que em todas as fases da vida é preciso procurar um oftalmologista. "Além da infância, na pré-adolescência é preciso se atentar aos erros de refração, como miopia (dificuldade de enxergar objetos que estão longe) e a hipermetropia (dificuldade de enxergar objetos que estão próximos)", salienta o especialista.  
 
Já na fase adulta, após os 40 anos, o risco é o glaucoma, doença que aumenta pressão ocular e que provoca lesão nas fibras do nervo óptico que, se não tratado, pode levar a cegueira irreversível. A partir dos 50 anos, o risco é de ter catarata (opacação do cristalino), que resulta em uma diminuição progressiva da visão. Nesse caso, apesar de levar à cegueira a situação pode ser reversível com cirurgia.
 
Na terceira idade, Garcia sinaliza os riscos. "Por fim, após os 60 anos, alguns indivíduos têm risco de serem acometidos por uma degeneração da mácula, que é o centro de maior capacidade visual da retina. Essa é uma doença progressiva e que também pode levar à cegueira irreversível. Entretanto, pode ser retardada ou controlada com medicamentos específicos", finaliza.