'Em paz e sem ressentimentos', diz Doria após Alckmin insinuar que ele é um traidor

O embate ocorreu durante encontro em que o tucanato discutiu a posição da sigla neste segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT)

9 OUT 2018 • POR • 19h33
Geraldo Alckmin teria chamado João Doria de 'traidor' - Agência Brasil

Hostilizado por Geraldo Alckmin durante reunião do PSDB nesta terça (9), o candidato da sigla ao governo de São Paulo, João Doria, disse à Folha de S.Paulo que a reunião terminou "em paz e sem ressentimentos". "Não saio com nenhuma mágoa", afirmou. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o presidenciável tucano insinuou que o aliado é um traidor.

O embate ocorreu durante encontro em que o tucanato discutiu a posição da sigla neste segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Doria iniciou sua fala pedindo uma salva de palmas para Alckmin, derrotado no primeiro turno da disputa presidencial. O ex-governador, então, fez sinal de não com as mãos. Segundo aliados, Doria interpretou o gesto como um "não precisa". Já aliados de Alckmin dizem que ele estava mesmo recusando a homenagem.

Durante o encontro, Alckmin também ouviu Doria e outros quadros do partido defenderem o apoio a Bolsonaro -coisa que o candidato paulista fez no próprio domingo (7), logo após a votação. Depois, ele reclamou da falta de planejamento para o segundo turno.

Neste momento é que Alckmin teria se irritado.
Doria discursava quando foi interrompido por Alckmin. Neste momento, o tucano disse que o "traidor" ali não era ele. E emendou que também não era falso.