Outubro Rosa vicentino tem confecção de turbantes e almofadas terapêuticas

Realizada nesta terça (9), oficina arrecada doações para mulheres em tratamento de câncer de mama

10 OUT 2018 • POR • 09h40
O evento foi realizado pela Assessoria de Assuntos Políticos da Mulher - Divulgação/PMSV

Os turbantes não saíram da cabeça das vicentinas no evento em prol da campanha “Outubro Rosa” em São Vicente. Para conscientizar sobre o câncer de mama, foram realizadas as oficinas de turbantes e almofadas terapêuticas na Diretoria Ensino da Região de São Vicente (Rua João Ramalho, 378 - Centro). A ação é realizada pela Prefeitura da Cidade.

O evento foi realizado pela Assessoria de Assuntos Políticos da Mulher, em parceria com as secretarias de Educação (Seduc) e Saúde (Sesau), além da Diretoria de Ensino da Região de São Vicente.

Instrutora da oficina, Cláudia Naomi, explica que o turbante ensinado é costurado para evitar o esforço físico das pacientes ao colocá-lo. “O turbante fechado é feito em lycra para facilitar o uso; a paciente fica dolorida e não consegue movimentar os braços com facilidade durante o tratamento”.

Também foram confeccionadas almofadas terapêuticas em formato de coração, que podem ser utilizadas para que as pacientes repousem o braço e durmam na posição mais confortável.

Os turbantes e almofadas confeccionados no evento e doados pelas participantes serão destinados ao Instituto Genoveva Perez (Rua Dr. Emílio Carlos, 125 - Vila Cascatinha), que apoia pacientes com câncer.

Também foram arrecadadas mechas de cabelos e lenços, que serão encaminhadas para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp).

Estiveram presentes membros da comunidade, vice-diretoras do programa estadual “Escola da Família” e representantes das secretarias vicentinas. “Não podemos deixar de falar sobre a prevenção. É importante lembrar a população que o câncer de mama atinge não só às mulheres, mas aos homens também. Ficamos felizes em ter aqui mulheres e homens participando da oficina”, ressalta Maria das Graças Nascimento Souza, a professora Graça, secretária da Assessoria de Assuntos Políticos da Mulher.         

Superação

Há um ano, Maria do Carmo Oliveira Santana, Duda, de 44 anos, foi diagnosticada com um câncer de mama, dois meses após ter feito o exame de mamografia. “Em junho do ano passado tive uma grande displasia (inchaço) e febre. Eu sabia que algo não estava certo com meu corpo e refiz meus exames, foi quando descobri o câncer”, conta Duda.

A operadora social enfrentou quatro sessões de quimioterapia, 33 de radioterapia e ainda está na fase do tratamento oral que dura, no mínimo, quatro anos. Ela relata que a autoestima foi mantida graças às esperanças de vencer a doença, mas que a queda de cabelo durante o tratamento é um episódio triste de ser vivenciado. “Depois da descoberta da doença a queda de cabelo é o pior momento. Parece cena de filme, a gente chora ao ver os cabelos saindo nas mãos e a autoestima fica baixa”, explica.

Durante o tratamento, Duda nem considerou usar perucas, optando pelo uso de lenços por pouco tempo. Na ação, ela doou algum dos lenços que a ajudaram a resgatar a autoestima. “Assim que o cabelo começou a crescer eu resolvi parar de usar o lenço. Quando saí pela primeira vez sem o lenço e meus amigos me viram, todos começaram a chorar”, relata Duda.