Doria vira alvo de ataques em último programa dos candidatos ao governo de SP

Enquanto o tucano focou na própria biografia, Paulo Skaf (MDB) e Márcio França (PSB) miraram o rival

3 OUT 2018 • POR • 11h05
Doria vira alvo de ataques em último programa dos candidatos ao governo de SP - Wilson Dias/Agência Brasil

O candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB) se tornou o principal alvo de ataques no último programa de rádio antes do primeiro turno das eleições, transmitido nesta quarta-feira (3). Enquanto o tucano focou na própria biografia, Paulo Skaf (MDB) e Márcio França (PSB) miraram o rival.

Skaf, que aparece tecnicamente empatado com Doria nas pesquisas de intenção de voto, acusou o candidato de atacá-lo ao longo de toda a campanha e disse que o tucano afirmou 43 vezes que não deixaria a Prefeitura de São Paulo para disputar outro cargo. Por não cumprir o que prometeu, ele não merece ser votado, diz o emedebista.

Já Márcio França não nomeou o rival, mas fez várias criticas indiretas por meio de auto-elogios, em que destacou que cumpre a palavra, não trai os amigos, não é produto de marketing e não é feito de plástico.

A campanha do pessebista foi marcada pela desconstrução do tucano, que nos últimos programas passou a exibir uma mensagem que diz que França é o candidato em quem não votar.

O petista Luiz Marinho, por sua vez, não poupou críticas aos três adversários na disputa pelo eleitorado, se colocando mais uma vez como a única opção de renovação da política no estado. Marinho fez ainda um apelo contra o voto útil e disse ao eleitor que a campanha se decide "na urna e não nas pesquisas".

Ele fez menção à campanha eleitoral de 1998, dizendo que o partido não chegou ao segundo turno porque o eleitor foi induzido a votar em outro candidato.

Naquele ano, os principais candidatos ao governo eram Márcio Covas (PSDB), Francisco Rossi (PDT), Paulo Maluf (PPS) e Marta Suplicy (PT). Em pesquisa Datafolha antes do primeiro turno, Maluf estava a frente e os demais candidatos tecnicamente empatados dentro da margem de erro, com Rossi a frente, seguido por Covas e Marta. A margem, porém, foi ignorada por parte dos veículos que divulgaram o estudo, prejudicando a candidata do PT.