Governo Federal vai lotear o mar para criação de peixe em cativeiro

A expectativa é que essa medida impulsione a produção de peixe no Brasil, com a adição de pelo menos 31 mil toneladas/ano de ­pescado

1 OUT 2018 • POR • 11h40
A expectativa é que essa medida impulsione a produção de peixe no Brasil, com a adição de pelo menos 31 mil toneladas/ano de ­pescado - Divulgação

O Governo Federal cederá 48 áreas no mar territorial brasileiro e em represas de hidrelétricas para criação de peixes em cativeiro. Essas áreas ficam em 11 estados, incluindo São Paulo, e devem ser leiloadas em outubro.

A expectativa é que essa medida impulsione a produção de peixe no Brasil, com a adição de pelo menos 31 mil toneladas/ano de ­pescado.

Essa é mais uma tentativa de ampliar o consumo do pescado, atualmente estagnado em dez quilos per capita/ano, metade da média mundial. Essas intervenções federais no mercado de peixes e frutos do mar começaram ainda no Governo FHC, no início dos anos 2000, quando o Brasil passou a pleitear cotas maiores nas capturas em águas internacionais de determinadas espécies com alto valor comercial, como o atum.

Depois, durante o Governo Lula, a secretaria de pesca e aquicultura ganhou status de ministério e a produção de peixe em cativeiro foi incentivada, inclusive em águas da União, nas represas das hidrelétricas. E o consumo interno aumentou, mas veio a crise econômica, a perda do poder de compra, a diminuição do mercado interno e o desinteresse de criadores em expandir seus negócios.

Em Santa Catarina, porém, as fazendas marinhas são sucesso desde a década de 1980, após incentivos do governo estadual. Agora, no apagar das luzes, o Governo Temer tenta reativar o setor, mas conta mesmo é com a arrecadação dos recursos que serão obtidos com o leilão dessas áreas.

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