Retratos de Guerra aborda os conflitos cotidianos femininos

A mostra, que reflete sobre as batalhas da mulher contemporânea, usa tons de camuflagem do exército para esconder a cor da pele, linhas de expressão e outras possíveis marcas corporais

21 SET 2018 • POR • 09h30
Thamara propõe uma reflexão sobre as alarmantes estatísticas do nosso País - Thammy Cabral

Carregada de cores, a série Retratos de Guerra, da fotógrafa Thamara Lage, que tem abertura nesta sexta-feira (21), às 19h, no Museu da Imagem e do Som de Santos (Miss), busca gerar olhares mais atentos à expressão de cada modelo de angústia e dor. A mostra, que reflete sobre as batalhas da mulher contemporânea, usa tons de camuflagem do exército para esconder a cor da pele, linhas de expressão e outras possíveis marcas corporais.

Thamara propõe uma reflexão sobre as alarmantes estatísticas do nosso País, em que, a cada hora, pouco mais de 500 mulheres são vítimas de alguma violência, seja ela verbal, física ou psicológica, além de discriminação gênero, raça, etnia, desigualdade de direitos e preconceito pela sua orientação sexual.

A exposição pode ser conferida até 10 de outubro. O Miss fica no piso térreo do Centro de Cultura Patrícia Galvão, na Avenida Senador Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias. O espaço abre de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. A entrada é gratuita.

A fotógrafa

Thamara Lage é formada no curso de Tecnólogo em Fotografia na Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU), ministra workshops voltados à fotografia experimental e atua como produtora executiva do Festival Maçãs – Mulher Vista-se de Música, projeto que visa o protagonismo feminino no meio musical e artístico, além de produzir fotografia autoral/experimental voltada para o universo feminino.

Com o tempo, descobriu que fotografar mulheres é seu foco principal, seja um nu artístico ou um retrato. Se inspira nas histórias de mulheres para criação de projetos autorais.

Seu primeiro projeto autoral Amor nasceu em 2015 e retrata o suicídio de mulheres por sofrerem descriminações por serem lésbicas. No ano seguinte, criou Condenados, projeto que demonstra padrões estéticos e a invisibilidade das pessoas LGBT. Já em 2017 iniciou a série Retratos de Guerra.