No Acre, Bolsonaro defende que índios possam vender parte de seus territórios

Em seu governo, afirmou ele, os indígenas não serão mais usados pela Funai (Fundação Nacional do Índio) para "invadir terra de quem quer que seja, como vem acontecendo no Mato Grosso do Sul".

2 SET 2018 • POR • 14h09
Bolsonaro participa de rodeio há algumas semanas. - Facebook/Jair Messias Bolsonaro

Durante discurso em Rio Branco, no Acre, na tarde deste sábado (1º), o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tentou se desvencilhar da imagem de contrário às principais causas defendidas pelo movimento indígena brasileiro.

No comício, ele falou sobre a prática de mineração dentro de terras indígenas e a venda de áreas de seus territórios, proibidas pela Constituição.

"Índio não quer ser latifundiário. Ele quer a sua terra e, nela, quer ter o direito de produzir e inclusive garimpar, se assim entender. Mais ainda, se quiser vender uma parte dela, pode vender", afirmou Bolsonaro.

"Os índios não querem e não serão mais feitos massa de manobra", disse. No evento, o candidato recebeu o apoio de alguns índios, que prestaram homenagens com cantos tradicionais.

Em seu governo, afirmou ele, os indígenas não serão mais usados pela Funai (Fundação Nacional do Índio) para "invadir terra de quem quer que seja, como vem acontecendo no Mato Grosso do Sul".