MTPAC prorroga contrato da dragagem até 2019

De acordo com o MTPAC, a prorrogação aconteceu em função da paralisação da obra, que ocorreu por decisão judicial entre 2017 e 2018

31 AGO 2018 • POR • 11h10
O canal é a via marítima que conduz as embarcações até os acessos dos locais de atracação, chamados berços - Rodrigo Montaldi/DL

O Ministério dos Transportes, Porto e Aviação Civil (MTPAC) prorrogou o contrato de dragagem do canal de navegação, berços e acessos do Porto de Santos até janeiro de 2019. A informação foi confirmada ontem pela assessoria de imprensa do  ministério em Brasília. 

De acordo com o MTPAC,  a prorrogação aconteceu em função da paralisação da obra, que ocorreu por decisão judicial entre 2017 e 2018. Os trabalhos são feitos pelo consórcio das empresas Van Oord Operações Marítimas e Boskalis do Brasil.

O Ministério afirmou que, atualmente, os trechos 3 (Torre Grande até Armazém 06) e 4 (Armazém 06 até o Terminal Alamoa e Terminal Alamoa até o final do Trecho IV) estão sendo dragados. O MTPAC garantiu que não houve custo para essa prorrogação e que foi feito apenas um aditivo do prazo. O valor total do contrato é de R$ 360 milhões e o término da obra é previsto para dezembro deste ano.

A Codesp foi procurada para falar sobre o assunto e limitou-se a dizer que “solicitamos encaminhar demanda para a assessoria do ministério”.

O canal é a via marítima que conduz as embarcações até os acessos dos locais de atracação, chamados berços.

O canal possui uma extensão linear de aproximadamente 22 quilômetros, divididos em quatro trechos, se estendendo desde a Barra até a região da Alemoa. O cais do Porto Organizado de Santos conta com 66 berços de atracação, sendo que 59 possuem capacidade operacional. Esses elementos da infraestrutura aquaviária (canal, berço e acesso) sofrem processos deposicionais naturais e necessitam de dragagens periódicas para manter as profundidades. Os outros dois trechos são Barra até Entreposto de Pesca (1)e Entreposto de Pesca à Torre Grande (2).

A dragagem de manutenção tem como objetivo a retirada de material sedimentar depositado sobre os berços, acessos e canal de navegação, com a finalidade de manter as profundidades, permitir o tráfego seguro de embarcações e, consequentemente, manter a competitividade do Porto de Santos no cenário mundial.