Trabalhador busca previdência privada para garantir uma aposentadoria melhor

Segurados estão recorrendo à previdência complementar. Algumas empresas já aderiram a este sistema como um benefício a mais aos seus empregados

1 JUN 2013 • POR • 16h05

A baixa remuneração paga pela aposentadoria do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) está levando os trabalhadores a repensar seu futuro e partir para aplicações em previdência complementar ou privada.

Bancos e seguradoras que trabalham com este tipo de aplicação estão sendo procurados com mais frequência por trabalhadores das mais variadas categorias que procuram fazer aplicações visando aumentar, no futuro, sua aposentadoria. Algumas empresas também já aderiram a este sistema complementar como um benefício a mais para seus empregados.

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No último trimestre a arrecadação do mercado de previdência complementar recebeu um impulso maior do que no mesmo período de 2012. O volume de novos recursos no setor foi de R$ 18,9 bilhões, com alta de 26,8%. Os dados foram divulgados nesta semana pela Fenaprevi.

Osvaldo Nascimento, presidente da entidade, diz que o cenário de juros baixos foi o que influenciou na alta, já que ele torna mais interessante a poupança de longo prazo, sem contar outros benefícios.

A previdência privada funciona como um tipo de investimento de longo prazo. No momento da contratação do seguro, o cliente determina a idade que se quer dispor do dinheiro investido. Quando atingir essa idade, é possível escolher pelo resgate total, transformá-lo em renda mensal (como no INSS) ou, ainda, deixar acumulando e rendendo. Os resgates antes do prazo final variam de acordo com as normas de cada instituição.

Esse tipo de previdência é também chamado de complementar porque pode ser feito simultaneamente às contribuições para a previdência pública do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), como um complemento dessa aposentadoria.

Conheça alguns tipos de previdência complementar

Previdência aberta

As Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) são instituições com fins lucrativos que administram planos de previdência individuais e coletivos. Podem ser contratados por qualquer cidadão, mesmo que ele não tenha vínculo empregatício.

Geralmente, esses planos são mantidos por bancos, seguradoras e outras instituições financeiras em duas modalidades principais: o PGBL e o VGBL, que oferecem benefícios como aposentadoria, renda e pecúlio por invalidez ou morte.

Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o órgão específico fiscalizador dos planos de previdência aberta.

PGBL e VGBL

A diferença básica entre o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é a tributação.

O VGBL tem a incidência de Imposto de Renda, retido na fonte, em 15% sobre os rendimentos obtidos e é proporcional ao valor que é retirado. Além disso, não traz o benefício de restituição no IR, por isso é mais indicado para quem não faz a declaração completa do tributo.

Já o PGBL permite a dedução no IR limitado a 12% do total dos rendimentos tributáveis do contribuinte. E na hora de resgatar o dinheiro investido, a incidência de 15% do Imposto de Renda é sobre o saldo total, em outras palavras, o que foi investido mais os rendimentos.

Vantagens:

• Dedução no IR (de 12% da renda anual) no caso dos planos PGBL;

• No caso dos planos VGBL, a tributação do IR se dá apenas no rendimento deste plano e não no montante aplicado, como ocorre no PGBL;