APAE de São Vicente tem nove medalhistas estaduais

Nove dos 18 alunos se classificaram e têm a chance de disputar competição nacional

23 AGO 2018 • POR • 15h31
Com o resultado obtido, o grupo tem a chance de participar da etapa nacional da competição em dezembro - Divulgação/PMSV

Após 16 anos sem participar da Olimpíada Estadual das APAE, alunos da APAE de São Vicente conquistaram nove medalhas na competição que aconteceu em Franca, há um mês. A entidade do Município representou a Baixada Santista conquistando três medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze. Com o resultado obtido, o grupo tem a chance de participar da etapa nacional da competição em dezembro.

“Para nós foi uma surpresa. Não esperávamos tantas classificações. Agora a expectativa é a fase nacional. Terá uma seletiva para avaliar o desempenho de cada um na competição e, a partir daí, será decidido os atletas que vão representar o Estado”, explica Cristina Cantarelli, diretora Pedagógica da APAE de São Vicente. 

Para Adrian Julian Garcia, de 29 anos, o primeiro lugar na caminhada olímpica não foi surpresa. Embora fosse a primeira vez competindo, o rapaz tinha a certeza da vitória. A mãe até tentou avisar para não ficar tão confiante, mas ele estava determinado. “Falei para ele que mesmo se não ganhasse não precisava ficar triste, pois você já tinha sido escalado. E ele me respondeu que iria ganhar. Foi o que aconteceu”, afirma Glória Aparecida Garcia.

Edson José dos Santos Júnior, mais conhecido como Juninho, ficou em terceiro lugar na corrida. A síndrome de Down não o impede de conquistar títulos e a admiração das pessoas. “Foi sucesso. Não tenho palavras. Foi da hora”, disse ele.

Experiência

O principal objetivo dos profissionais era a socialização dos alunos. “A gente foi contando com a participação. Queríamos que eles saíssem da Cidade sem os familiares, que conhecessem gente nova”, afirma Ricardo Guimarães, professor de Educação Física. 

Para o pai da competidora Thais Pereira de Carvalho, de 25 anos, a estadia em Franca fez muito bem à filha que nasceu com oxigênio no cérebro. “Ela voltou com uma atitude mais positiva. Estava muito feliz. Se enturmou muito”, conta Euclides Bernardo de Carvalho.

Para Marly Rodrigues Gaste, mãe do integrante mais velho da turma participante da olimpíada “o esporte para integração é essencial”.