SinHoRes sob nova direção

Heitor Henrique Gonzalez Takuma e o vice Frederico Daguer Abdalla assumem o Sindicato até 2021

10 AGO 2018 • POR • 11h25
A gestão de ambos vai até 2021. A região possui 16 mil empresas e o Sindicato 600 ­associados - Rodrigo Montaldi/DL

Reconstruir o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (SinHoRes) e adaptá-lo a nova lei trabalhista em vigor no País. Esse é o desafio do novo presidente da entidade patronal, Heitor Henrique Gonzalez Takuma, e do vice Frederico Daguer Abdalla. A gestão de ambos vai até 2021. A região possui 16 mil empresas e o Sindicato 600 ­associados.  

“O Sindicato precisa capacitar empregador e empregado. Geralmente, a origem dos empresários não é gastronômica. Ele sai de outra atividade e resolve montar um restaurante, por exemplo, sem pensar na gestão de seu negócio, que envolve diversas procedimentos, entre eles a capacitação de seus funcionários, a formação de um banco de mão de obra, adotar um padrão de atendimento e compras compartilhadas, os famosos contratos guarda-chuva”, explica.

Frederico Abdalla alerta que não há mais espaço para amadorismo. Segundo ele, as pessoas não têm a mínima ideia do que é montar uma casa comercial estruturada. “É preciso pensar no fornecimento de gás, eletricidade, observar a lei de uso e ocupação de solo, manipulação de alimentos, segurança, meio ambiente, enfim. É preciso entender profundamente e estar plenamente apto. Tem que pensar de forma empresarial”, completa, revelando que não pode assinar contrato de locação de uma imóvel para montar um negócio sem antes conhecer o histórico, a estrutura e o entorno. “Tem que pensar mais no projeto do que na ­execução”, completa.  

Transformar

Os novos dirigentes pretendem transformar a categoria. “As pessoas não têm a dimensão do que representa o turista ou veranista para a região. É preciso vender, e bem, as cidades. Grande parte dos serviços sobrevive do turista. Precisamos passar essa visão para nossos associados. O Mundo mudou e é preciso entender isso. O preço, por exemplo, é o último item levado em consideração pelo cliente. Hoje, serviço (bom atendimento), segurança, qualidade estão na frente”, diz Gonzalez, alertando que, quando o tratamento é qualificado, “perdoa-se um erro da cozinha”.

Ambição

Frederico Abdalla revela que, em muitos casos, a ambição do empresário atrapalha o sucesso. Muitos não observam, por exemplo, o tamanho da casa quando definem o número de mesas. “Transforma uma atmosfera que deveria ser produtiva e acolhedora em um caos. A comida pode ser boa, o restaurante é sofisticado, mas o cliente não volta por conta da falta de conforto”, comenta, revelando ainda que o SinHoRes já iniciou um trabalho no sentido de aproximar o empresariado do poder público. “O Sindicato representa 16 mil empresas com quase 40 funcionários, em média, cada uma. Precisamos de ajuda para fomentar emprego e a economia regional”, ­afirma Gonzalez

Segurança

Os dirigentes revelam que a uma das vertentes da nova gestão será o treinamento e a qualificação. “Segurança e recepção estão envolvidos. “As consequências de um mau treinamento dado ao porteiro, manobrista e ao segurança são traumáticos para o negócio. Vamos classificar os profissionais. Segurança não se faz com força, mas com inteligência”, finaliza Abdalla.