Justiça converte em preventiva prisão de empresário que bateu em carro onde estavam a ex e a filha

Devido às colisões, ex-mulher do acusado jogou a filha de seis anos para fora do carro

6 AGO 2018 • POR • 18h25
Toyota Hilux do acusado, na foto, atingiu o carro ocupado pelas vítimas ao menos duas vezes - Divulgação/Polícia Militar

A Justiça converteu nesta segunda-feira (6) em preventiva a prisão do empresário Edler Benvenuti, de 40 anos, que atingiu na tarde de domingo (5) o carro onde estavam a ex-mulher dele, a filha de seis anos e o atual companheiro da ex.

Devido às batidas no trânsito, em Santos, a ex-mulher do empresário decidiu jogar a filha para fora do veículo.

A criança e mãe receberam atendimento médico em um pronto-socorro e não tiveram ferimentos graves.

Benvenuti, que atua no ramo de transportes e logística no setor portuário, foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de lesão corporal, violência doméstica, ameaça, dano qualificado, porte ilegal de arma de fogo e drogas.

A companheira do empresário, de  26 anos, estava no carro com ele e foi autuada por porte ilegal de munição e drogas. Ela foi liberada pela Polícia Civil após pagar fiança de R$ 2 mil.

Tumulto

A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência pouco depois das 14h30, diante de um tumulto no bairro Estuário, e obteve informações de que o empresário perseguiu, em seu Toyota Hilux, o carro ocupado pelas vítimas, um Hyundai Creta, e ameaçou-as com arma de fogo, além de provocar ao menos duas colisões.

A perseguição teria sido iniciada na Ponta da Praia, após o empresário tentar buscar a filha para visita.

No carro empresário, os policiais apreenderam uma pistola de calibre 380 e munições. Nas vestes dele, segundo a polícia, houve a apreensão de duas porções de cocaína e uma ponta de cigarro de maconha. Já com a companheira dele foram apreendidas duas porções de maconha na bolsa dela e munições.

Benvenuti foi submetido a teste do etilômetro, que deu negativo.

Defesas

O advogado do empresário, José Miguel da Silva Júnior, disse à Reportagem que seu cliente informa ter reagido a uma “injusta provocação” do namorado da ex ao tentar visitar a filha.

“Essa prisão é descabida”, afirma o defensor. Sobre a arma e munições apreendidas, Silva Júnior diz que o empresário atira em estande e por isso a portava, possuindo registro e guia de autorização para tráfego. Ainda conforme o defensor, o casal seguiria para um estande de tiros na cidade após a visita.

Sobre as drogas, a advogado diz que o cliente afirma pertencerem à companheira.

O advogado da companheira do empresário, Anderson Real Soares, afirma que ela assume o porte do entorpecente para consumo dela e diz que munições estavam guardadas na bolsa para o uso no estande de tiro. Ele diz que acreditar que ela será absolvida pela posse ilegal de munição.