Deinter-6 bate recorde histórico ao deter 546 pessoas em 24h

Entre os presos, está um rapaz de 19 anos acusado de matar um homem a pedradas durante um assalto no interior paulista

26 JUL 2018 • POR • 20h47
Delegados apresentaram os resultados em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira - Gilmar Alves Jr./DL

A Polícia Civil na Baixada Santista e Vale do Ribeira bateu um recorde regional histórico ao deter 546 pessoas em 24 horas. Entre os presos está Caio André Freire de Lima, de 19 anos, acusado de matar um homem a pedradas durante um assalto no final de junho em Bragança Paulista, no interior. Ele foi localizado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos em uma casa em Guarujá. A megaoperação foi iniciada às 11h de quarta-feira (25).

O delegado Manoel Gatto Neto, diretor regional da Polícia Civil, destacou, em entrevista coletiva, que o elevado número de detenções contribui efetivamente para a redução dos indicadores criminais. Ele anunciou o balanço da operação ao lado do delegado seccional de Itanhaém, Carlos Henrique de Souza Fogolin, e do delegado seccional de Registro, Flávio Ruiz Gastaldi.

“A gente tem visto que os números têm despencado. Tem diminuído os números de furtos, de roubos, de homicídios. Um dos fatores importantes são essas operações policiais realizadas pela Polícia Civil”, afirmou Gatto Neto.

Quase 100 quilos de drogas (maconha, cocaína, crack e ecstasy), 237 litros do entorpecente lança perfume e 10 armas de fogo foram retirados de circulação.

Das 546 pessoas detidas, 192 foram para o cárcere por mandado, 37 por flagrantes, 48 são adolescentes e 269 são acusadas de crimes de menor potencial ofensivo, sendo liberadas após o registro de Termos Circunstanciados (TC´s).

A maior parte destes TC´s, segundo Gatto Neto, foram por porte de entorpecente.

Participaram da megaoperação 310 policiais, que agiram em 104 viaturas nos 24 municípios da Baixada e Vale, de Bertioga até Barra do Turvo, na divisa com o Paraná.

Acusado de latrocínio quase foi linchado em Bragança Paulista

O acusado pelo latrocínio (roubo seguido de morte) a pedradas de Maurício Fernandes Moraes, de 47 anos, Caio André Freire Lima quase foi linchado em 3 de julho, em Bragança Paulista, após ser descoberto por populares como autor do crime, que aconteceu em uma região de trilha. Celular e carteira da vítima foram roubados.

Ele chegou a ser detido pela Polícia Militar naquela data, disse ter cometido um assassinato em legítima defesa e foi liberado pela Polícia Civil porque não havia flagrante e não houve tempo hábil no Fórum de Bragança Paulista para expedir a ordem de prisão naquela data.

Após ter a prisão temporária por 30 dias decretada pela 1ª Vara Criminal de Bragança, ele não foi mais encontrado.

De acordo com o delegado Manoel Gatto Neto, a DIG de Santos fez várias buscas até chegar na manhã desta quinta-feira (26) ao endereço em Guarujá onde ele estava escondido, na Rua Curió, no bairro Balneário Guarujá.

A investigação que resultou na captura foi feita sob o comando do delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, titular da DIG, e do investigador-chefe, Paulo Carvalhal.