Uso de bicicletas continua após término da greve dos caminhoneiros

Os programas de compartilhamento e aluguel deste meio de transporte subiram 15% na cidade de Santos, chegando ao dobro de viagens no final de semana

10 JUL 2018 • POR • 12h31
Uso de bicicletas continua após término da greve dos caminhoneiros - Rodrigo Montaldi/DL

Nos dez dias de paralisação dos caminhoneiros, a procura por bicicletas aumentou.  Os programas de compartilhamento e aluguel deste meio de transporte subiram 15% na cidade de Santos, chegando ao dobro de viagens no final de semana. De acordo com dados do site de compras ‘Mercado Livre’, na semana do dia 3 de junho, em comparação com a semana anterior, a compra das magrelas cresceu: 63% a mais para as elétricas e 58% para as comuns.

Segundo dados da CET, o programa Bike Santos também teve um crescimento considerável de 14% nos dias úteis e, no final de semana da paralisação, 71%. Porém, em Peruíbe, não houve muitas mudanças. “Aqui quase todo mundo anda de bicicleta sempre, então foi bem normal”, conta Kelvyn Henrique, 24, morador da cidade. 

Já em outras cidades da Baixada Santista, as bicicletas foram tiradas da garagem e desenferrujadas. Um exemplo foi o motorista Pedro Venchiarutti, 20, que, para sair de casa, só tinha uma opção de transporte. “O carro não é minha primeira alternativa, evito ao máximo. Só se for um lugar longe”, comenta o morador de Santos que anda de bicicleta desde os oito anos. 

Neleia da Silva, 44, moradora de Praia Grande, é usuária assídua ­deste meio de transporte. “Eu costumava usar só o ­carro, mas depois que comprei a bicicleta, uso para todos os lugares que preciso ir”, diz a moça. 

Mesmo após 44 dias de a greve ter acabado, as 370 bicicletas do sistema ainda são retiradas todos os dias. Os 37 pontos ficam totalmente sem os transportes dependendo do horário, e até mesmo em dias de chuva. E ainda com tantos locais espalhados, a cidade de mais de 400 mil habitantes não dá conta. “A bicicleta é ótima, porque além de te levar para os lugares, também dá para fazer exercício físico”, finaliza Neleia.