Família de jovem morta diz que é ameaçada por PMs

Eles alegam que os celulares dos moradores do entorno foram revisados na tentativa de buscar informações ou vídeos do PM atirando contra a moça e seu namorado, um entregador de pizza de 19 anos, que foi baleado nas costas e sobreviveu.

7 JUL 2018 • POR • 22h53
Rhuan, namorado, com Sueli, mãe de Brenda, registrando denúncia. - Divulgação

Os familiares da jovem Brenda Lima de Oliveira, 20 anos, que foi morta por um policial militar na segunda-feira (2) em Poá (Grande SP), protocolaram uma denúncia de que estariam sendo intimidados com a presença de PMs próximos de suas casas.

Eles alegam que os celulares dos moradores do entorno foram revisados na tentativa de buscar informações ou vídeos do PM atirando contra a moça e seu namorado, um entregador de pizza de 19 anos, que foi baleado nas costas e sobreviveu.

O incidente ocorreu em frente a casa do policial. Quando o casal passou por lá, ele atirou. A alegação do PM é de que haviam explodido uma bomba na varanda dele duas horas antes.

A família também reclamou das roupas que a jovem estava vestida, que foram buscar no IML (Instituto Médico Legal) de Poá, mas haviam sido descartadas. O advogado deles, Ariel Castro Neves, disse que a Ouvidoria instaurou inquérito e cobrará providências da Corregedoria Geral da PM e da Polícia Civil, e que o Ministério Público vai protocolar ofício para acompanhar as investigações.

RESPOSTA

Em nota, a Polícia Militar, da gestão Márcio França (PSB), disse que "está à disposição dos familiares para o registro e apuração de quaisquer denúncias" e que quando o ofício da Ouvidoria chegar, as reclamações vão ser averiguadas. Sobre a incineração das roupas da vítima, a Polícia Técnico-Científica afirmou que o procedimento é comum por questão sanitária.